O Partido da República (PR) voltou a se reunir, hoje, para deliberar sobre o processo eleitoral de 2014, em que acertaram estratégias para as pré-campanhas ao Senado do deputado federal Wellington Fagundes e do ex-prefeito de Água Boa, Maurício Tonhá, o "Maurição", ao governo do Estado. Além de debater eleições, o PR definiu que o líder do governo, deputado estadual Jota Barreto, irá realizar um levantamento para buscar diálogo com o governador Silval Barbosa (PMDB) sobre o contingenciamento vivido nas pastas estaduais.
Fagundes explicou que o ponto central da reunião foi sobre as secretarias gerenciadas pelo partido. Sobre 2014, foi acertado o apoio para organizar a pré-campanha. "O partido concordou com as duas pré-candidaturas e permitiu que fosse trabalhada a possibilidade das candidaturas, então focamos neste trabalho de organização".
Presidente estadual do partido, Fagundes ressaltou que o PR quer focar na discussão das pastas. "O deputado Barreto, como líder do governo, ficou encarregado de realizar um levantamento sobre a situação das secretarias e do orçamento. Iremos conversar com o Silval Barbosa para que haja um descontingenciamento das pastas para que estas realizem suas atividades finalísticas e atendam à população".
Conforme Fagundes, o diálogo será para saber o que pode ser feito no que concerne ao orçamento das secretarias. "O governo tem suas dificuldades, mas queremos conversar para saber o que é possível fazer, porque, o governo tem que eleger as prioridades e queremos discutir para saber o que pode ser feito dentro da previsão orçamentária".
Questionado se o contingenciamento das pastas poderia atrapalhar o PR e o PMDB a dialogarem sobre aliança em 2014, Fagundes negou e afirmou que o partido compõe base governista e quer ajudar a governar. "Somos da base governista, queremos governar junto, como corresponsáveis pelo governo e temos que ter a nossa participação. Mas governar é eleger prioridades e não tem como fazer tudo, ainda mais com um orçamento que não acompanha a demanda".
É crescente a insatisfação não só do PR, como também do PSD, sobre o contingenciamento das pastas. Recentemente, presidente estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, defendeu o governo e declarou que o seu partido também sofre com o aperto de cintos, e que não há privilégios sobre a ordem de contingenciar as despesas.
Como exemplo dos problemas vivenciados, Fagundes ressaltou que a Secretaria de Transportes e Pavimentação Urbana (Setpu) precisa ser descontigenciada para que haja investimentos nas rodovias. "Temos estradas ruins e nossa economia é baseada no agronegócio, o ideal seria asfaltar todos os 23 mil km de estradas de terra, mas como disse, é preciso que sejam elencadas como prioridades".