O asfaltamento da BR-163 entre o Nortão de Mato Grosso e Santarém (PA) onde está o porto não será feito através de PPPs (Parcerias Público Privadas) como articulado anteriormente por um grupo de multinacionais do agronegócio e empreiteiras. O governo federal vai bancar a pavimentação de aproximadamente 900 km com recursos próprios. O governo avalia elevar os recursos dentro do Programa Piloto de Investimento Público (PPI), destinado a financiar obras de infra-estrutura. A 163 está no pacote de obras que o governo está revendo os projetos de obras que seriam feitas com a iniciativa privada e a rodovia que liga os dois Estados sairá da lista das PPPs, informa a Folha de São Paulo.
O governo federal ainda não confirmou quanto começa a pavimentação, embora tenha inserido a 163, no plano de prioridades e o Ibama tenha liberado a licença ambianetal. Calcula-se que de Guarantã do Norte (divisa entre os dois Estados) até Santarém seja necessários investir R$ 1,5 bilhão, que o governo sinaliza que deve injetar, além de aproximadamente de 50 pontes (que hoje são de madeira e estão em estado péssimo). A pressão política ao governo para concluir a obra vem aumentando. Duramente criticado por não ter sido feita no primeiro mandato, Lula ve hoje até aliados como a governadora eleita do Pará, Ana Julia (PT) fazer duras cobranças para que o asfaltamento seja concluído, fortalecendo a economia dos dois Estados e proporcionando maior competitivade para safra agrícola, madeira e outros produtos que serão exportados via porto de Santarém. Só no frete a economia será de US$ 20/tonelada comparando-se com o transporte feito atualmente via portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR)