O presidente do PP em Mato Grosso, deputado estadual Ezequiel Fonseca, declarou que o partido atua independentemente, deixando em definitivo a bancada governista na Assembleia Legislativa. Ezequiel criticou a falta de diálogo com o governador Silval Barbosa (PMDB), após o partido pedir a saída do secretário de Estado de Saúde, Mauri Rodrigues, indicado pelo próprio partido.
Com a negativa, o governador deveria realocar a sigla, o que não aconteceu. Com isso, o PP rompe a ligação com o governo. "O governador não nos procurou para conversar, mas também não queremos mais. O PP já definiu como será sua atuação".
Para o deputado, o governador não precisa de uma bancada tão grande na Assembleia. "O governador já possui uma ampla base governista e não tem a necessidade de possuir a maioria".
Conforme Ezequiel, agora a bancada do PP está liberada dos compromissos com o governo. Além de Ezequiel, o PP possui o deputado Antônio Azambuja. "Agora iremos atuar com independência, com decisões individuais. A postura de cada um dependerá do seu entendimento sobre o tema".
Questionado se os deputados farão atuação mais contundente sobre a gestão de Silval Barbosa, Ezequiel reiterou que os posicionamentos serão orientados por cada um dos parlamentares do partido.
A crise entre PP e governo foi deflagrada após negativa do governador em destituir o secretário Mauri Rodrigues, indicado pelo próprio partido. Em críticas mais acentuadas, Antônio Azambuja chegou a dizer na tribuna que o PP não seria responsável pela ingerência na pasta ou pelas mortes que acontecem por falta de gestão.
O partido aguardava reunião com o governador para redefinir os quadros partidários, sendo que a sigla chegou a concordar em comandar autarquias, ao invés da Saúde, segunda maior pasta do governo.
O PP já havia ameaçado integrar a oposição, e agora, assume postura independente. Pelo visto, a relação entre os parlamentares com o governo, azedou nestas últimas semanas, com a entrega da liderança do governo, pelo presidente em exercício da Assembleia, deputado Romoaldo Junior (PMDB), que alegou falta de respaldo da Casa Civil.
É visível o descontentamento dos parlamentares com a atuação do governo, tendo em vista que nas eleições de 2014, a maioria dos deputados busca a reeleição.