O Partido Progressista (PP) foi o único a fazer uma festa de filiação de pré-candidatos nas proporcionais de 2010. O plano é para cumprir a meta de eleger três dos oito deputados federais da bancada mato-grossense e seis dos 24 deputados estaduais. Ainda sem um rumo eleitoral definido, o PP que faz parte da bancada de sustentação do governo Blairo Maggi (PR), inclusive com o presidente do partido, Chico Daltro, ocupando a Secretaria de Ciência e Tecnologia, conquista com mais filiações força que não existe em outras agremiações no Estado, nem mesmo no partido do governador.
Isso o coloca numa posição vantajosa, que é poder caminhar em qualquer sentido numa eventual coligação e até mesmo em pleitear uma candidatura majoritária para uma das duas vagas do Senado que pode se tornar um trampolim para disputar a sucessão do governador Blairo Maggi, caso nenhuma agremiação consiga reunir um número considerável de partidos formando uma frente partidária.
"O momento agora é de reforçarmos as candidaturas proporcionais que darão sustentação para as candidaturas majoritárias", disse o presidente da Assembleia, José Riva, condenando a antecipação no lançamento de nomes, o que em sua visão deveria acontecer apenas no primeiro trimestre de 2010. Riva lembrou que para o PP o momento é de entendimentos externos, com a sociedade, sem perder as conversas partidárias, mas decisões somente após a manifestação da população.
A festa deixada para as últimas horas antes da extinção do prazo de filiação partidária (um ano antes das eleições marcadas para o primeiro domingo de outubro de 2010 em 1º turno), reuniu ex-prefeitos como Ezequiel Fonseca, de Reserva do Cabaçal que também foi presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM); Walter Miotto prefeito por dois mandatos em Matupá e Pedro Alcântara de Paranaíta. Todos possíveis candidatos a uma vaga na Assembleia.
Também se filiaram o ex-secretário de Cuiabá, João Vieira, e o Pastor Sérgio Aguiar, além do empresário Renê Barbour Filho, filho do ex-deputado por cinco mandatos, entre outros filiados que não tem pretensões eleitorais mas ajudam a somar força principalmente no interior de Mato Grosso.
A festa foi uma demonstração de unidade do partido que segundo especulações estaria dividido quanto ao futuro político das diversas correntes, alguns mais próximos do senador Jaime Campos (DEM), outros do prefeito Wilson Santos e uma terceira próxima do governador Blairo Maggi (PR) e a candidatura de Silval Barbosa (PMDB).