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Posição de Taques deixa PDT em “saia justa” com Dilma

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Decidido a reforçar sua posição oposicionista em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) mesmo sendo de um partido da base e com a chefia do Ministério do Trabalho, o senador Pedro Taques (PDT), pré-candidato ao comando do Palácio Paiaguás, teria reforçado durante a semana passada a preparação de uma ação endereçada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a instalação da CPI da Petrobras.

Taques teria assegurado a alguns senadores até mesmo a intenção de ser relator da referida CPI caso a mesma fosse definitivamente instalada e com amplos poderes para investigar a operação feita ainda no Governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas que teria contado com a aquiescência de Dilma, que na época era ministra-chefe da Casa Civil.

A oposição acredita que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), protela a instalação da CPI com artifícios regimentais, mesmo já existindo assinaturas suficientes tanto de senadores como de deputados federais para a instalação de uma CPI Mista.

Segundo nota da Coluna Painel da Folha de São Paulo, que circulou no último sábado (05), ‘as assessorias jurídicas dos partidos de oposição trabalham desde quarta-feira passada com o apoio do senador Pedro Taques, ex-procurador’. A influência do pedetista nos Ministérios Públicos Federal e de Mato Grosso garantiriam ao mesmo livre trânsito para conseguir apoios importantes para colocar em prática as investigações sobre a transação que levou a aquisição pela Petrobras da Refinaria Pasadena nos Estados Unidos por valor infinitamente maior do que a empresa valeria na época.

O problema é que a firme oposição de Taques deixa o PDT de saia justa perante o governo da presidente petista e também acabou por afugentar possíveis aliados como o PR do senador Blairo Maggi e o PTB do ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo e do ex-diretor-geral do DNIT, Luiz Antônio Pagot. Este último já colocou seu nome na disputa pelo Governo, apostando na terceira via diante da judicialização de uma possível disputa entre o pedetista e o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva, que sempre foi amigo muito próximo do então procurador, hoje senador.

A aposta de Taques e de alguns de seus mentores como os prefeitos de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT); e de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS), é que o PT nunca venceu as eleições em Mato Grosso para presidente da República, nem mesmo na reeleição de Lula, em 2006. O problema maior é que o distanciamento que existia no passado entre as lideranças petistas e o setor produtivo está praticamente superado, tanto que depois de visitar Mato Grosso neste ano para lançar a colheita do Plano Safra 2013/2014, justamente em Lucas do Rio Verde, Dilma contemplou todo o setor com a indicação de Neri Geller (PMDB) para titular do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o que foi muito comemorado e reforçou o poder político de Maggi e do o próprio PMDB.

Resta saber se a CPI da Petrobras vai sair do papel, principalmente, após os últimos resultados das pesquisas de avaliação presidencial que mostram queda no conceito positivo da presidente, mas por outro lado não demonstram o crescimento dos dois principais candidatos de oposição, o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

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