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Políticos criticam governo pela demora para construir ferrovias em MT

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Políticos mato-grossenses debateram, hoje, em audiência pública na Câmara Federal, o andamento das obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), que passará por Lucas do Rio Verde e Ferronorte (com ligação entre Rondonópolis-Cuiabá até Santarém, no Pará). O edital de licitação para iniciar a obra foi postergado para novembro. É o terceiro adiamento de prazo para iniciar as obras.

Em entrevista ao Só Notícias, o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), líder da Minoria na Câmara, criticou o governo federal por tamanha demora para implantar o projeto. “O projeto da FICO foi lançado em 2010. Já se passaram quase três anos e nem o licenciamento desta obra foi liberado ainda. O governo prometeu para junho. Tomara que não seja mais um exemplo para ganhar tempo”.

Para ele, existe uma propaganda enganosa por parte do governo e, por isso, as obras não saem do lugar. Em relação ao projeto de contemplar Sinop com os trilhos da ferrovia, o parlamentar disse que este projeto já existe e faz parte da Ferronorte e não da FICO. Segundo ele, o projeto da Ferronorte prevê a ligação entre Cuiabá a Santarém com os trilhos passando ao lado da BR-163. Com isso, entre Sinop e Sorriso haveria um terminal.

Já a FICO prevê o traçado entre Lucas do Rio Verde até Uruaçu (GO). O senador Pedro Taques (PDT), que também participou desta reunião, questionou as escolhas feitas pelo governo federal, no que diz respeito a grandes obras de infraestrutura. Citou como exemplo o investimento de R$ 47 bilhões no trem-bala entre o Rio de Janeiro e Campinas que recebeu sinal positivo para início das obras; enquanto a Ferrovia de Integração Centro-Oeste ainda carece de recursos na ordem de R$ 4 bilhões para sair do papel.

Conforme Só Notícias já informou, o trecho a ser construído na primeira etapa que sairá de Uruaçu (GO) e cruzará o Mato Grosso até Lucas do Rio Verde terá a extensão de 1.040 quilômetros e prevê investimentos de R$ 4,1 bilhões. Recurso que, com a privatização, não sairá mais dos cofres públicos. Inicialmente a conclusão do trecho estava prevista para 2014.

Esta ferrovia está no lote de 12 trechos da EPL que serão de investimento de parcerias público-privado. Pelo planejamento, depois da ligação de Lucas com Uruaçu, um outro trecho será construído até chegar a Campos (RJ). Outro trecho fará uma ramificação que ligará essa ferrovia aos portos de Vitória e do Rio de Janeiro. Haverá outras linhas, que acabarão por ligar também até o Porto de Santos. Ou seja, será uma nova opção para os produtores mato-grossenses escoarem a produção até o porto paulista.

O diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, o secretário nacional de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, deputados federais, vice-prefeitos de Lucas, Miguel Vaz, de Sorriso, Xuxu Dalmolin, o presidente da câmara em Lucas, Airton Callai, o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antonio Galvan, também participaram da audiência

(Atualizada às 08:53h em 11/4)

Miguel Vaz, vice-prefeito de Lucas (à esq), Welington Fagundes e Neri Geller ( à dir)- foto Agência Câmara.

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