A comissão de deputados estaduais e do comando de greve de investigadores e escrivãs da Polícia Civil vão se reunir amanhã, às 10 horas, com o governador Blairo Maggi (PPS), no Palácio Paiaguás. Os policiais estão parados 18 dias.
Porém, hoje à tarde, às 15 horas, o comando de greve vai estar reunido com Célio Wilson, na secretaria de Segurança Pública. Mas, parte da categoria, no mesmo horário, estará reunida com deputados na Assembléia Legislativa, para traçar metas que serão reivindicadas ao governador.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Investigadores e Agentes Carcerários (Siagespoc) – Clédison Gonçalves, a decisão do desembargador Donato Fortunato Ojeda, do Tribunal de Justiça, em considerar a greve da categoria legal, não muda em nada as reivindicações da classe, mas fortalece o movimento.
“A categoria está cada vez mais unida e mais à vontade. Mesmo com a decisão judicial a classe não tem nenhuma intenção de parar com a greve, caso nossa reivindicação não seja atendida. Porém, muita gente estava com medo de ter seus pontos cortados, mas agora vai aderir ao movimento com mais força”, destacou Clédison Gonçalves.
Clédison Gonçalves informou ainda que a nova tabela salarial sugerida, no encontro da última, terça-feira (31), foi abortada pela categoria. “Isso foi superado, porque a categoria entendeu que não era preciso fazer uma nova proposta, mas sim esperar uma contra-proposta do governo. A classe mantém a proposta original de piso salarial de R$ 3,6 mil”, disse o presidente do sindicato.
A deputada Vera Araújo (PT), presente na reunião de hoje (02), afirmou que é preciso que os parlamentares ouçam mais a categoria para que o impasse seja resolvido o mais rápido possível. “O governo precisa se sensibilizar com a reivindicação dos policiais, porque o assunto é grave e a sociedade não pode ficar a mercê da sorte, ou seja, nas mãos dos bandidos”, destacou a petista.
Já o deputado José Carlos do Pátio (PMDB) reprimiu a omissão e o descaso como o governo vem tratando do assunto, com o comando grevista de investigadores e escrivãs. “Os policiais não podem perder o time, é preciso fazer ações que possam fortalecer a categoria. Por isso, o governo precisa que o governo dê mais atenção às reivindicações impostas pelos policiais”, destacou Zé do Pátio.
Os policiais civis vão a partir de hoje realizar panfletagem no centro de Cuiabá, para esclarecer a sociedade sobre os motivos que levaram a categoria a entrar em greve. Para o comando de greve, a versão do governo que está sendo veiculado na imprensa não mostra a verdade à população.