De excluído o Democratas passou a ser reconhecido pela maioria dos partidos do arco de alianças como fiel da balança em 2010, tanto que o vice-governador, Silval Barbosa, pré-candidato do PMDB a ocupar o lugar do governador Blairo Maggi saiu em defesa de todas as siglas se concentrarem em não permitir que o DEM deixe o arco e acabe migrando para o lado da oposição por causa da conjuntura nacional, onde os tucanos e os então pefelistas, hoje democratas, estão muito perto de caminharem junto na sucessão presidencial.
“Temos que nos esforçar e pessoalmente eu vou ao encontro do senador Jaime Campos, dos deputados estaduais e das lideranças democratas para que eles permaneçam no arco de alianças”, disse Silval, querendo demonstrar desprendimento, já que a permanência do DEM e de Jaime Campos pode ser o caminho para o senador se tornar candidato ao governo do Estado.
O vice, no melhor estilo Blairo Maggi, frisou que todos os partidos tem direito a indicar candidatos majoritários e proporcionais. “Primeiro vamos definir os partidos que estarão juntos, depois cada um coloca legitimamente seus nomes e por fim decidiremos qual o melhor caminho a seguir. Sei que o mais rápido para a vitória e a unidade e a reedição do arco de alianças”, explicou Silval.
O ex-governador Júlio Campos (DEM) apontou que seu partido vive um dilema com a atual situação amplamente favorável a uma candidatura do seu irmão o senador Jaime Campos. “Se por um lado ficarmos no arco de aliança onde já nos encontramos, seremos o único partido contrário a candidatura de Dilma Roussef. Já se formos como o PSDB, com quem sempre caminhamos em nível nacional, mas sempre fomos adversários em nível de Mato Grosso não sabemos qual será a interpretação da população”, disse Júlio que já amargou em 1998 uma fracassada coligação com o PMDB, também adversário histórico e que permitiu a reeleição do então governador Dante de Oliveira para um segundo mandato, após ele mesmo ter o PMDB como aliado nos primeiros quatro anos do governo tucano.