sábado, 18/maio/2024
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PMDB descarta coligação com PT na eleição presidencial

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O PMDB descartou nesta sexta-feira, durante ato em apoio à pré-candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, para a Presidência da República, qualquer hipótese de coligação com o PT. “O PMDB vai ter candidato próprio. É irreversível a candidatura própria do partido”, afirmou Rigotto.

O presidente nacional da legenda, Michel Temer (SP), também foi taxativo. “Não há a menor possibilidade de o PMDB não ter candidatura própria. Eu apoio uma tese, a da candidatura própria, e vou com ela até as prévias.”

Rigotto disputa a indicação do PMDB com o ex-governador e secretário licenciado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho. “A prévia vai mobilizar o partido como há muito tempo nós não víamos uma mobilização. Ela vai alavancar a candidatura que sair desta prévia. É a mobilização da base do partido.”

Nos bastidores, Lula trabalha para que a ala governista inclua na cédula de votação da prévia outra opção: a de um peemedebista ser vice numa aliança PT-PMDB. Segundo a Folha apurou, o próprio Lula sabe que será difícil ter o PMDB oficialmente ao seu lado, mas pretende costurar alianças estaduais entre os dois partidos, garantindo alguns palanques.

“Um partido [PMDB] com essa capilarização nacional, com essa presença nacional, não tem a mínima possibilidade de não ter sua candidatura própria, seu projeto nacional. O presidente Lula e até o PSDB podem ter essa vontade de ter o PMDB do seu lado, é natural, mas da vontade para a realidade tem uma distância muito grande”, afirmou o pré-candidato Germano Rigotto.

O governador do Rio Grande do Sul disse ainda que não vê a intenção do presidente como um problema. “Ele ter a vontade de ter o PMDB numa chapa para vice, eu não vejo como um problema, mas é uma intenção que não vai chegar a nada de concreto.”

Pesquisas

Apesar de estar com baixo patamar de intenção de voto nas pesquisas –entre 2% e 3% –, o governador do Rio Grande do Sul está confiante.

“Eu assumi a pré-candidatura há 15 dias. Eu nunca fui candidato à Presidência da República, o Serra [prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB)] foi, o Lula foi, o Garotinho foi, o Alckmin é governador de um Estado como São Paulo e é por isso que está na grande mídia nacional. É natural que meu nome não apareça nas pesquisas com índices de mais de 3%, 4%. Agora, no momento que este nome começa a aparecer como uma alternativa nova, um projeto novo para o país, terei a alavancagem de um partido que tem estrutura nacional. É uma questão de tempo.”

Rigotto ainda destacou o trabalho de seu adversário Garotinho. “Tenho que destacar o trabalho dele, Garotinho está ajudando a garantir a prévia do partido. Eu saio atrás dele, mas eu tenho condições, por todas as manifestações que tenho recebido em 15 dias, de vencer essa prévia.”

Sobre possíveis coligações após a prévia do PMDB, o governador do Rio Grande do Sul cita partidos como o PDT, PPS, PTB e PP. “Acredito que tenho portas abertas e já com declarações fortes de lideranças destes partidos. Mas, primeiro, tenho que ganhar a prévia, se não ganhar a prévia como vou pensar em fazer coligação”, questionou.

Rigotto afirmou que vai se licenciar do cargo de governador apenas no final de fevereiro. “Eu não tenho o tempo que tem o Garotinho, porque ele não é governador, mas eu não tenho a menor dúvida de que posso crescer e vencer a prévia.”

Neste primeiro momento, Rigotto vai fazer contatos pelo Brasil nos finais de semana. Hoje à noite ele estará em Minas Gerais e, amanhã, em Tocantins. Na semana que vem, deve viajar a Pernambuco.

Nelson Jobim

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Nelson Jobim, disse que quer se filiar ao PMDB, partido ao qual pertencia antes de virar ministro do Supremo, mas somente após 19 de março, quando será a prévia em que cerca de 20 mil filiados da legenda escolherão o candidato a presidente.

Em conversa ontem com Lula, Jobim considerou “difícil” a possibilidade de aliança oficial do PMDB com o PT –o que seria necessário para que fosse candidato a vice na chapa petista.

Rigotto afirmou, no entanto, que se Jobim quiser ser candidato vai ter que passar pela prévia. “A candidatura do PMDB vai sair desta mobilização e desta prévia.”

Ele disse ainda que o presidente do STF seria um grande nome para o PMDB, mas para ser candidato à Presidência. “Porque para vice não existe chance, se alguém pensa em ser vice-presidente vai se dar mal, porque não existe possibilidade de coligação com o PT, nem com o PSDB.”

Ministros

Michel Temer afirmou que, após a prévia do partido, vai reunir a Executiva e, possivelmente, o conselho político para exigir que os ministros do PMDB deixem o governo Lula. “Não tem sentido ter candidato próprio com ministros do partido no governo.”

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