A deputada federal mato-grossense Celcita Pinheiro deverá ser expulsa do PFL pelo fato de ter sido incluída no relatório da CPI dos Sanguessugas que pede a cassação de seu mandato e de outros 72 parlamentares acusados de receberem propinas da Planam – empresa que comandava o esquema de venda de ambulâncias superfaturadas com dinheiro que parlamentares destinavam através de emendas orçamentárias.
O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), reiterou nesta sexta-feira que está mantida a decisão da Executiva Nacional do Partido quanto à expulsão dos parlamentares filiados à sigla envolvidos no escândalo das sanguessugas.
Segundo o presidente, a Executiva está notificando os deputados citados no relatório parcial da CPI das Sanguessugas, divulgado nesta quinta-feira (10), para que se apresentem e respondam ao processo disciplinar instaurado pelo partido, sob a relatoria do presidente do PFL Jovem, João Roma Neto.
Os parlamentares que forem condenados no processo disciplinar interno terão a filiação partidária imediatamente cancelada.
O PFL ajuizará, ainda, representação na Justiça Eleitoral pedindo a retirada da candidatura dos desfiliados.
Celcita Pinheiro divulgou nota defendendo-se do pedido de cassação de seu mandato e “lamento o fato de não ter tido o direito à ampla defesa na CPMI, que agiu, a meu juízo, pautada por interesses outros que não a estrita apuração dos fatos.
No meu caso, afirmo que a CPMI optou por abraçar a versão de réus confessos de prática de corrupção a considerar a palavra de deputados e senadores constituídos pelo voto popular, com fé pública. Não há nenhuma prova material que justifique a inclusão no meu nome na lista de deputados suspeitos, mas apenas versões truncadas e mal-esclarecidas de pessoas sem credibilidade moral e ética. Não tenho nenhuma relação com a empresa PLANAM ou suas associadas, tampouco com seus sócios, diretores e funcionários”, defendeu-se.