quarta-feira, 29/maio/2024
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PFL e PSDB articulam.Nilson aceita ser vice de Jonas

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O afastamento do PFL do grupo de partidos que vão apoiar o projeto da reeleição de Blairo Maggi está visível. Não apenas nos discursos inflamados, mas também nos atos dos seus dirigentes. A possibilidade de ter uma chapa própria já é fato muito antes da reunião de segunda-feira. No domingo, por exemplo, segundo uma alta fonte do PFL, o deputado Dilceu Dal’Bosco convenceu o prefeito de Sinop, Nilson Leitão, a aceitar ser vice do senador Jonas Pinheiro. A chapa completaria com Jaime Campos como candidato ao Senado Federal. A articulação agrada ao PSDB, que, até aqui, não têm um nome considerado viável para disputar a eleição ao Governo.

A aproximação do PFL com o PSDB em Mato Grosso ocorreu depois que ficou evidenciado aos líderes da sigla liberal que o projeto da candidatura de Jaime Campos ao Senado não tinha espaço dentro da coligação “Mato Grosso Mais Forte” em função de compromissos assumidos anteriormente pelo então candidato ao Governo Blairo Maggi com o deputado federal Pedro Henry (PP). O PFL tentou, sem êxito, “furar” o bloqueio do entendimento entre Maggi e Henry.

Além disso, o efeito da verticalização tratou de afastar ainda mais os dois grupos políticos. Dentro do PFL há quem aposte que o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda vai acatar a proposição do Congresso Nacional, que acaba com o critério vigente, qual seja, de que as alianças nacionais sejam seguidas nos estados. Outra corrente, no entanto, acredita que o sistema será mantido e para não perder tempo, decidiu avançar nos entendimentos com Leitão. O PSDB e o PFL deverão fechar uma aliança nacional para disputar a presidência da República – o que, com a verticalização, inviabilizaria as pretensões da ala do PFL que apóia a reeleição de Maggi.

A parte do PFL que acha que a verticalização cai é liderada pelo senador Jonas Pinheiro. Na segunda-feira, o político se viu exortado a ir “para o sacrifício” e oficializar sua candidatura ao Governo do Estado contra o seu afilhado político. Apesar das pressões, Pinheiro conseguiu manobrar e não disse nem que sim e nem que não. Mas se a verticalização realmente não cair, Pinheiro não terá escapatória: terá que ser candidato mesmo a contra-gosto. Segundo fontes pefelistas, Nilson Leitão teria vinculado aceitar ser candidato a vice se Jonas fosse o candidato ao Governo.

Lucra o PSDB. Sem nenhum nome para disputar o Governo – já que seus principais expoentes partidários optaram por garantir mandatos eletivos, disputando vaga na Câmara Federal e Assembléia Legislativa – a chapa Jonas-Leitão cai como uma luva. Apesar do palanque “eclético” – para não dizer impensável até certo tempo – formado por Jonas, Leitão, Dante, Jaime Campos, Antero de Barros, Humberto Bosaipo, Wilson Santos, entre outros.

Se acontecer, mesmo com as dificuldades de mostrar isso aos eleitores, já que PFL e PSDB estiveram em lados opostos na eleição anterior, Maggi passa a ter, no mínimo, uma oposição razoável e com risco de as eleições acabar em um segundo turno. A senadora Serys Marli deverá ter seu nome confirmado como candidata ao Governo pelo PT. Existe ainda a possibilidade de o PMDB lançar um quarto candidato para “bancar” o projeto nacional da candidatura própria com Anthony Garotinho ou Germano Rigotto, governador licenciado do Rio Grande do Sul. Especialmente se “vingar” o projeto do deputado federal Roberto Freire de ser candidato a presidente da República.

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