O ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, José Dirceu, voltou a ser preso, esta manhã, pela Polícia Federal, na 17ª fase da Operação Lava Jato. Estão sendo cumpridos 40 mandados judiciais, 3 deles de prisões preventivas, 5 temporárias, 26 de busca e apreensão e 6 de condução coercitiva. A operação foi batizada de Pixuleco, em alusão ao termo utilizado para nominar propina recebida de contratos.
A PF quer saber se ele recebeu propina de empreiteiras investigadas em superfaturamentos de obras da Petrobras e se contratos firmados sua empresa de consultoria seria uma forma de tentar encobrir a fraude. O irmão de Dirceu foi preso em Ribeirão Preto (SP).
O G1 informa que esta fase da operação se concentra no cumprimento de medidas cautelares em relação a pagadores e recebedores de vantagens indevidas oriundas de contratos com o poder público, alcançando beneficiários finais e “laranjas” utilizados nas transações. Entre os crimes investigados estão corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) onde o juiz Sergio Moro conduz a operação que resultou nas prisões de executivos e presidentes das principais empreiteiras do país, além de ex-parlamentares. A PF e Ministério Público Federal investigam senadores e deputados suspeitos de serem beneficiados com propinas pagas por empreiteiras que fizeram obras para a Petrobras.
Dirceu foi condenado no mensalão, ficou cerca de dois anos preso e, no final do ano passado, passou a cumprir prisão domiciliar.
(Atualizada às 07h28)
