terça-feira, 30/abril/2024
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Pedro Taques nega grampos e defende coronéis

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O governador Pedro Taques (PSDB) voltou a negar seu envolvimento no escândalo de interceptações telefônicas ilegais que ficou conhecido como “arapongagem” ou “Watergate pantaneiro”, esquema que foi denunciado pelo promotor e ex-secretário de Estado de Segurança Pública, Mauro Zaque. “O que eu tenho a ver com o grampo? Absolutamente nada. Eu não grampeei ninguém, não mandei grampear ninguém”, disse em entrevista à rádio Mega FM, esta manhã.

Contudo, o chefe de Estado admitiu que houve uma “patifaria” em relação ao caso, relembrando a contradição entre a versão dele com a de Mauro Zaque, que o acusa de não ter tomado providências ao ser cientificado sobre o crime de espionagem ilegal, ainda no final de 2015.

“Algo existiu aí, como disse o promotor [Marcos] Bulhões, do Gaeco [Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado], uma patifaria existiu aí. Eu fui comunicado pelo então secretário de Segurança informalmente da existência desse grampo. Como o governador recebe fofoca todos os dias, eu falei: Coloca no papel. O que ele colocou no papel, eu enviei ao Ministério Público Estadual, ao Gaeco, e daí, está fora da minha governança. Esse é o ponto. O promotor Mauro Zaque diz que entregou outro documento para mim. Eu não o recebi”.

O governador ainda voltou a defender os coronéis Zaqueu Barbosa (ex-comandante da Polícia Militar), Evandro Ferraz Lesco (secretário-chefe da Casa Militar afastado) e Ronelson Jorge de Barros (secretário-adjunto da Casa Militar afastado), que estão presos por conta da acusação de participarem da chamada “barriga de aluguel”, que é o procedimento ilícito de inserir em uma ação judicial de quebra de sigilo o número de telefone de pessoas alheias ao objeto do processo, o que ocorreu com pessoas como o jornalista José Marcondes “Muvuca”, a publicitária Tatiana Sangalli, a deputada estadual Janaina Riva (PMDB), entre outros.

“O secretário-chefe da Casa Militar está preso, o adjunto está preso, mas eu quero dizer que confio nestes dois. Nós sabemos que a prisão não significa absolutamente nada, tendo em conta a ampla defesa, o contraditório. O comandante da Polícia Militar do Estado à época, o coronel Zaqueu é um homem decente, a sociedade mato-grossense o conhece. Eu tenho absolutamente certeza de que isso será esclarecido”, afirmou o governador, tentando minimizar o impacto das prisões dos ex-membros de seu staff de governo.

Em relação ao grampo, há diversas investigações em curso. Na Procuradoria Geral da República (PGR), a denúncia apresentada por Mauro Zaque visa apurar a participação do governador Pedro Taques no esquema. No Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), sob condução do desembargador Orlando Perri, tramita o processo aberto após notícia-crime protocolada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT). Perri também analisa o inquérito policial militar (IPM) instaurado na Corregedoria Geral da PM e que é coordenado pelo coronel Jorge Catarino Morais Ribeiro. A Polícia Civil também apura o caso.

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