O senador Pedro Taques (PDT-MT) criticou, esta tarde, em pronunciamento no Senado, as notícias de uma ofensiva de senadores contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que denunciou Renan Calheiros ao STF (Supremo Tribunal Federal) dias antes de ele ser eleito presidente do Senado. "Instaurar um procedimento em desfavor do procurador-geral da República por crime de responsabilidade seria o mesmo que um senador ser responsabilizado no STF por ter apresentado um projeto de lei. O PGR está cumprindo a sua função constitucional", defendeu o pedetista.
Na avaliação do parlamentar, a perseguição e a utilização de cargos para prejudicar servidor exercendo sua função não são "instrumentos republicanos". "O que me causa espanto é que senadores estejam dispostos a desgastar a imagem do PGR produzindo um processo de impeachment contra Gurgel a partir de representações já protocoladas no Senado. Quero crer que essa notícia seja um ‘mexirico" de carnaval", reforçou.
Debate – O senador Pedro Taques também cobrou de seus pares um debate profundo sobre o pacto federativo, a alíquota única para o ICMS e o superendividamento dos estados. Ele espera que o Legislativo não aceite mais votar medidas provisórias fora do prazo. O mato-grossense participará ativamente de todas as discussões, já que é membro das comissões da Reforma Política e do Pacto Federativo, e relator do Novo Código Penal.
"No dia em que o ano começa no Brasil, conforme alguns dizem, venho a esta tribuna cobrar. Temos a obrigação de mostrar à nação brasileira que não somos inúteis, que não somos omissos. Temos grandes responsabilidades com o Estado", finalizou Pedro Taques.
