
O primeiro ouvido foi o presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas de Mato Grosso, o empresário Paulo Gasparotto. Ele revelou ter participado de um encontro com o empresário João Batista Rosa e recebeu uma resposta negativa ao questioná-lo sobre um possível acordo de delação premiada. Ele destacou que diante dos rumores nos meses que antecederam a deflagração da operação, Nadaf se sentia “abalado e apreensivo” com a delação de João Rosa.
Sobre os créditos tributários a que as empresas de Rosa teriam direito e que fazem parte da suposta trama descoberta pelo Ministério Público Estadual (MPE), Gasparotto destacou ter ido à Secretaria de Estado de Fazenda com o dono do Grupo Tractor Parts para tratar do assunto, mas não tinha mais informações sobre a situação.
Já o segundo empresário ouvido foi o presidente da Fecomércio, Hermes Martins da Cunha. Perguntado pela promotora Ana Cristina Bardusco, ele disse saber que Nadaf era proprietário de uma empresa de assessoria, mas negou saber onde ela está localizada e alegou não conhecer mais detalhes sobre o empreendimento do ex-secretário.
Ao final das oitivas, o processo entra agora na fase de diligências complementares, que antecedem as alegações finais da acusação e das defesas. Por conta disso, o advogado de Nadaf, Alexandre Abreu e Silva, pediu a substituição da prisão preventiva decretada em desfavor do ex-secretário pelo monitoramento eletrônico.
Ele utilizou a tese empregada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, que determinou a soltura do senador Delcídio do Amaral (PT/MS). O pedido será analisado pelo MPE antes da deci-são da magistrada.


