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Pedido de CPI contra prefeito de Cuiabá tem seis assinaturas

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O vereador Marcelo Bussiki (PSB) apresentou, na sessão de hoje, na câmara de Cuiabá, um requerimento para instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar e tentar cassar o mandato do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB). Por enquanto, seis vereadores assinaram o requerimento. No entanto, são necessárias nove assinaturas dos 25 parlamentares que compõem o legislativo.

Além de Bussiki, também assinaram o requerimento os vereadores Dilemário Alencar (Pros), Gilberto Figueiredo (PSB), Felipe, Wellaton (PV), Sargento Joelson e Abílio Júnior, ambos do PSC. O posicionamento dos parlamentares mostra que, por enquanto, não existe um discurso unificado quanto às bancadas, pois o PV tem a maior bancada composta por quatro vereadores e apenas um deles se posiciona a favor da CPI. Do PSB, que possui a 2ª maior bancada, um parlamentar (Misael Galvão) não assinou o requerimento.

Durante a sessão, populares fizeram protesto na Casa pedindo a renúncia de Emanuel Pinheiro e defendendo que ele seja preso. As galerias da Câmara e o hall de entrada foram ocupados por pessoas com cartazes e faixas exindo moralidade e saída do prefeito.

Os vereadores defensores da CPI entendem que a câmara de Cuiabá não pode ficar omissa diante dos fatos que já são de conhecimento de todo o Brasil após a exibição em vários telejornais de emissoras nacionais do vídeo que integra a delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) no qual Emanuel Pinheiro, na época deputado estadual, aparece recebendo maços de dinheiro e guardando no bolso do paletó.

Silval Barbosa afirmou em sua delação homologada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o dinheiro repassado a pelo menos 18 deputados estaduais era propina desviada de obras públicas. Os repasses eram uma espécie de mensalinho paga aos parlamentares em troca de apoio político na Assembleia Legislativa e para que não investigassem e nem denunciassem irregularidades na gestão do peemedebista entre março de 2010 e dezembro de 2014.

O ex-governador afirmou na delação que repassou cerca de R$ 600 mil para cada um dos deputados participantes do esquema. Luciane Bezerra (PSB) e Thelma Oliveira que eram deputadas, estadual e federal, respectivamente e também foram acusadas por Silval de receberem propina. Hoje elas são prefeitas de Juara e Chapada dos Guimarães e também já enfrentam desgaste político.

Luciane foi gravada recebendo mensalinho igual Emanuel Pinheiro ao passo que Thelma é acusada de ter exigido R$ 1 milhão em troca de uma emenda parlamentar de R$ 10 milhões. Em Juara, alguns vereadores também cogitam a possibilidade de pedirem uma CPI, mas estão de olho nos encaminhamentos que serão adotados pelos vereadores cuiabanos.

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