A bancada do PR na Assembleia Legislativa deve esperar até o fim desta semana por uma decisão administrativa quanto à solicitação de uma vaga de membro titular na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da renúncia e sonegação fiscal. Segundo o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), caso isso não ocorra, o partido vai requerer o espaço por vias judiciais.
Emanuel foi escolhido suplente da CPI, mas, um dia antes da publicação no Diário Oficial da lista dos membros da comissão, requereu ocupar vaga de titular. O argumento foi o de que o PR detém a maior bancada da Casa e, de acordo com o Regimento Interno da Assembleia, teria esse direito.
O requerimento foi lido em plenário pelo líder do bloco partidário no qual o PR está incluso, o deputado estadual Dilmar Dal’ Bosco (DEM), que, na ocasião, pediu um prazo à Mesa Diretora para discutir com os demais parlamentares quem sairia da CPI para abrir vaga para Emanuel.
A publicação da lista sem esta alteração causou desconforto, mas que acabou sendo contornado com a desistência do republicano em participar da investigação e o ingresso do deputado Ondanir Bortolini, o Nininho (PR), em seu lugar.
Agora, no entanto, devido a um acordo partidário, Nininho também renunciou à vaga e a bancada do PR voltou a cobrar um cargo de titular. Caso a solicitação seja atendida (administrativa ou judicialmente) a tendência é que Wilson Santos (PSDB), Max Russi (PSB) ou Wancley Carvalho (PV) tenham que deixar a CPI para abrir espaço para Emanuel. Os três fazem parte do bloco partidário no qual o PR está inserido.
“Essa semana precisa ser decido, porque não queremos atrapalhar a CPI, mas também não podemos deixar a maior bancada ser lesada em um flagrante desrespeito à Constituição Estadual e ao Regimento Interno”, pontua Emanuel.
A CPI da renúncia e sonegação fiscal é presidida pelo deputado estadual José Carlos do Pátio (SD). Também é membro do grupo o deputado Gilmar Fabris (PSD).