PUBLICIDADE

Parlamentares de MT apoiam volta do Imposto dos Cheques

PUBLICIDADE

Dos oito parlamentares da bancada federal de Mato Grosso que irão representar Mato Grosso a partir de 2011, somente Wellington Fagundes (PR), Valtenir Pereira (PSB) e Ságuas Moraes são favoráveis a instituição de um novo tributo para custear investimentos na saúde pública, em substituição à antiga Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF). Pela proposta do governo federal desta vez a tributação receberia o nome de Contribuição Social para a Saúde (CSS) e vigoraria com alíquota igual ou superior a 0,38%.

O republicano sustenta que a arrecadação estipulada pelo governo federal com a nova tributação atingirá uma média de R$ 40 bilhões anuais e tende a fortalecer os investimentos na saúde pública de Mato Grosso, único Estado da federação que não dispõe de um pronto-socorro estadual para atender a população.

“Há um compromisso do governador Silval Barbosa em expandir o atendimento da saúde pública, em especial, a população menos favorecida. Haverá uma sobrecarga de investimentos por conta da Copa do Mundo e este novo tributo vai gerar alta na arrecadação e mais repasse aos estados que deverão fortalecer o sistema de saúde pública”, comenta Fagundes.

A proposta de uma nova tributação nos cheques exclusivamente para financiamento da saúde nos estados surgiu após a eleição presidencial pelo presidente nacional do PSB e governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos. Por conta disso, o deputado federal Valtenir Pereira segue a linha do discurso partidário e defende uma nova tributação.

“O PSB defende que o dinheiro oriundo da arrecadação seja repassado aos estados para investimentos somente na saúde pública. Entendo que é uma proposta válida, mas deve ser amplamente discutida para que critérios sejam estabelecidos. Mato Grosso é um dos estados mais carentes no serviço de saúde e deve receber atenção especial do governo federal para corrigir essas falhas”, argumenta.

O petista Ságuas Moraes afirma ser simpático a proposta, porém, aguarda discutir o tema em Brasília. “A proposta de aplicação da verba na saúde dos estados é boa, mas ainda prefiro avaliar com calma o funcionamento de uma nova tributação”. O deputado federal Carlos Bezerra afirmou que vai aguardar a posição a ser tomada pelo PMDB nacional. “A minha decisão será a mesma do partido, que ainda não discutiu com a bancada este assunto. Vamos aguardar”, afirmou.

O deputado federal Homero Pereira se posiciona contrário à proposta de uma nova tributação nos cheques para custear despesas federais na saúde pública dos Estados. “A carga tributária no Brasil é uma das mais elevadas do mundo e qualquer aumento gera receio nos investidores e consequentemente uma redução na oferta de empregos. É necessária uma reforma tributária que continue oferecendo ao Estado uma alta arrecadação, porém, sem cobranças perversas que possam afastar os investimentos em setores considerados estratégicos ao Brasil como indústria e agronegócio”, comentou.

Ex-prefeito de Sinop, o deputado federal eleito Nilson Leitão (PSDB) é contra a proposta apresentada pelos aliados da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) e destaca os motivos. “Levantamento de órgãos do governo federal revelam que a maior parte do dinheiro arrecadado com a CPMF não foi aplicado na saúde pública, dai a precariedade dos serviços de saúde pública mesmo em Estados do Sul e Sudeste. O melhor caminho é uma revisão dos repasses das verbas federais aos Estados e principalmente aos municípios, o que pode ser feito pela aprovação de uma reforma tributária”.

 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Vereadores de Lucas do Rio Verde aprovam parecer do TCE favorável as contas da prefeitura

Os vereadores aprovaram por unanimidade, em sessão extraordinária, hoje,...

Senado debate projeto de mato-grossense para autorizar estados a legislar sobre direito penal

A Comissão de Segurança Pública (CSP) pode votar nesta terça-feira,...
PUBLICIDADE