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Parlamentares de Mato Grosso lamentam saída de Mandetta do ministério da Saúde

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Só Notícias/Marco Stamm, de Cuiabá (foto: Marcelo Cabral/Agência Brasil/arquivo)

A queda de Luiz Henrique Mandetta, que foi substituído ontem pelo médico carioca Nelson Teich, não pegou bem em Mato Grosso, onde o ex-ministro da Saúde goza de amplo prestígio entre a classe política e na administração pública. Nascido em Campo Grande, quando a capital do estado vizinho ainda pertencia a Mato Grosso, Mandetta veio a Cuiabá enquanto ministro e se dizia orgulhoso de ser mato-grossense. Antes da pandemia do novo Coronavírus, deu atenção às necessidades do Estado destinando recursos para hospitais filantrópicos e ajudando no socorro à Santa Casa de Cuiabá.

O senador Jayme Campos (DEM) prestou solidariedade nas redes sociais e postou um vídeo com falas do ex-ministro valorizando o trabalho e a ciência. “Minha solidariedade ao querido amigo Luiz Henrique Mandetta que esteve à frente do Ministério da Saúde. É um dos homens públicos mais competentes dessa geração. Tem sido um guerreiro na luta contra o Coronavírus. É uma honra sermos do Democratas, o partido que mais luta pelo Brasil”.

O senador Wellington Fagundes agradeceu Mandetta pelo trabalho, especialmente por Mato Grosso. “Agradeço ao Luiz Henrique Mandetta pelo trabalho que desempenhou à frente do Ministério da Saúde, a postura com que conduziu as ações diante da pandemia do Covid-19 e aos recursos destinados para Mato Grosso – cito os recursos para santas casas de Rondonópolis e Cuiabá, hospitais filantrópicos, conclusão do hospital e pronto socorro de Cuiabá e recursos para Governo do Estado e municípios”, escreveu nas redes sociais.

Até a deputada Rosa Neide, que é do Partido dos Trabalhadores, reconheceu o trabalho de Mandetta no combate à pandemia. Ela aproveitou para criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido): “A queda do Ministro da Saúde no meio do combate ao Coronavirus é, no mínimo, falta de responsabilidade do presidente. Sai o Mandetta, espera-se que não saia a ciência, a pesquisa e o respeito pelos profissionais de saúde”.

O líder da bancada de Mato Grosso em Brasília, deputado Neri Geller (PP) também se solidarizou “neste momento com o ministro Mandetta que ao longo desses últimos meses à frente da Pasta conseguiu, de forma competente e exemplar, construir uma relação de confiança com a sociedade brasileira”.

O mesmo foi feito pelo deputado sinopense Juarez Costa (MDB): “No cenário atual, dedico minha solidariedade ao ministro Luís Henrique Mandetta que esteve à frente do Ministério da Saúde realizando um trabalho árduo e competente, tendo sempre focado no melhor para a saúde pública do nosso país. Muito obrigado”.

O deputado e médico Doutor Leonardo (Solidariedade), demonstrou preocupação com a troca de ministro. “Obrigado ao ministro Mandetta. Boa sorte a quem entra. Estou temeroso pela troca nesse momento, mas garanto meu empenho para darmos continuidade a luta contra a pandemia do Coronavírus”, escreveu.

Os deputados Emanuelzinho (PTB) e Carlos Bezerra (MDB) não se posicionaram publicamente sobre o tema. Dois deputados manifestaram apoio à troca. O deputado Nelson Barbudo (PSL), que diz apoiar Bolsonaro incondicionalmente, apenas postou uma foto da manchete de um site de direita informando a substituição.

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, foi um dos primeiros a lamentar a saída de Mandetta. “Logicamente a saída do ministro Mandetta, para nós, não é uma saída feliz. Trata-se de uma pessoa mato-grossense, com uma ótima relação com o Estado e que já demostrou isso, inclusive, nas visitas que fez a Mato Grosso. A saída dele não é algo que torcíamos que acontecesse”, disse em entrevista coletiva.

Outro defensor do presidente em todas as situações, o deputado José Medeiros (Podemos), que já pedia publicamente a troca de ministro, usou de sarcasmo e ironia para comemorar a queda de Mandetta. Numa postagem escreveu “caiu” e noutra mostrou uma foto de jornal com a frase de Bolsonaro “Médico não abandona paciente, mas paciente pode trocar de médico”, dita em meio à crise com o ex-ministro.

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