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Parados há seis anos, vagões do VLT se deterioram em Cuiabá

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A Gazeta (foto: Edson Rodrigue)

Na última sexta-feira (18), completou-se 6 anos da paralisação da obra do Veículo Leve sob Trilhos (VLT). Enquanto governo do Estado e o consórcio responsável pela obra não entram em acordo judicial sobre o empreendimento, vagões continuam abandonados em um galpão em Várzea Grande, em meio ao mato e expostos às ações do tempo. Empresário que possui um táxi aéreo na região relata que até furtos já ocorreram no galpão, onde funcionaria a sede administrativa de operação do modal.

Vale lembrar que o custo total da obra estava estimado inicialmente em R$ 1,4 bilhão e R$ 1 bilhão já foi repassado ao Consórcio VLT.

O empresário Hélio Vicente é uma das pessoas que se mostra indignado com a situação em que se encontram as composições do VLT. O seu prédio dá vista direta para o galpão, criado para ser a sede administrativa do modal e, por isso, relata que tem acompanhado de perto, enquanto não há definição sobre destino do modal, até furtos ocorrem no local onde estão guardados os vagões do VLT se deterioram.

Questionada sobre a situação, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) informou que a responsabilidade sobre guarda, segurança e manutenção dos trilhos e vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é do Consórcio VLT em razão da judicialização do contrato. O próprio consórcio realiza a manutenção técnica preventiva dos equipamentos diariamente, sendo que todos os relatórios comprobatórios são encaminhados à Secretaria a cada 40 dias, para vistoria in loco e confirmação das informações.

Até a última sexta-feira (18), todos os equipamentos estavam em condições técnicas de funcionamento “e não há que se falar em eventual desgaste, uma vez que o VLT e seus componentes foram projetados para operar sob ação das intempéries, tanto parado como, em circulação. Apenas a carenagem dos vagões pode apresentar avarias”, alega a Pasta.

Porém, por serem partes plásticas e de acabamento que protegem a pintura do VLT, são solucionadas com ações de manutenção, como acrescenta. Diante do exposto, a Sinfra esclarece ainda que não há motivos para que o Estado intervenha, visto que o consórcio está cumprindo a responsabilidade referente a manutenção e garantia de operação do modal que lhe foi atribuída. (EM) Responsabilidade é das empresas Sinfra diz que a cada 40 dias recebe relatório de vistoria.

“Quando as composições chegaram, elas tinham uma cera protetora, que poderia ser mantida, já que a obra já havia se tornado um imbróglio. Mas, removeram toda essa cera e hoje os vagões estão descascando, a parte de acrílico está toda embaçada devido às consequências do tempo e até ninho de cobra se formou no local”.

Vicente diz que há dois anos, foram registradas ocorrências de furtos no local, por pessoas que moram nas redondezas e descobriram que dentro do escritório haviam materiais valiosos. Segundo ele, provavelmente o crime chegou ao  conhecimento do Consórcio, já que na mesma época foram feitas modificações estruturais no local, para dar maior segurança. “É triste ver o dinheiro público se perdendo em meio ao descompromisso do governo e cobrança por parte de órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público Estadual (MPE). Algo precisa ser feito”.

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