Para o presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB), as pré-candidaturas ao governo de Eraí Maggi (PP) e Maurição Tonhá (PR) são apenas balão de ensaio, em uma estratégia arquitetada pelo senador Blairo Maggi (PR), que deve disputar o governo do Estado em 2014 para garantir que a oposição não venha a assumir o comando de Mato Grosso, após doze anos de domínio Maggi/Silval Barbosa (PMDB).
Romoaldo explica que o PMDB está no governo, mas não possui um nome forte para a sucessão de Silval. No atual arco de alianças entre PMDB, PR, PT e PSD, não há um nome que desponte como eventual candidato à majoritária. Com isto, as possibilidades vão sendo trabalhadas, mas sempre retornam ao nome do senador Maggi.
“Auxiliar na escolha do primo e megaempresário do agronegócio, Eraí Maggi em se filiar ao PP, não passou de uma estratégia de Blairo, bem como alçar Maurição Tonhá do mesmo partido como candidato ao governo”, destacou. Neste cenário indefinido, Romoaldo também defende diálogos inclusive com o PDT do senador Pedro Taques, candidato virtual ao governo e principal oponente da situação.
“A população quer o Blairo de volta, eu não sei se ele vai se furtar ao chamamento. Muita coisa está em jogo e para reeleição ao governo ele não era candidato e saiu, assim como quando disputou o Senado. Ele diz que não é, mas eu acredito que seja sim”, acrescenta Romoaldo.
Já sobre a eventual candidatura do juiz federal Julier Sebastião da Silva, que está impedido de atuar politicamente até deixar a toga, mas é assediado pelos partidos da situação, Romoaldo acredita que a decisão deste será de acordo com a decisão do governador Silval Barbosa. “Se o Silval sair do governo para disputar o Senado, acredito que o Julier não venha para a disputa”.
O deputado também defendeu a permanência de Silval até o fim do mandato para entregar todas as obras da Copa do Mundo de 2014.