O senador Blairo Maggi (PR) afirmou que o seu afilhado político e ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, está disposto a contar tudo que sabe em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. O senador mato-grossense ressaltou que Pagot está em busca de “limpar” sua biografia, pois ele teria sido vítima de um complô que comprometeu sua atuação a frente da autarquia federal.
Maggi, em entrevista à Agência Estado, lembrou o depoimento de Pagot no Senado Federal, no ano passado, e criticou a postura do colega de parlamento, Demóstenes Torres (sem partido-GO). Ele também lembrou as gravações, conforme Só Notícias já informou, que o citavam em uma conversa telefônica entre o contraventor Carlos Augusto Ramos, o “Carlinhos Cachoeira”, e o senador Demóstenes. Para ele, tudo não passou de medo, de ambos, de que Pagot pudesse “abrir o bico” sobre os possíveis esquemas.
“Demóstenes foi lá naquela sessão e inquiriu ele [Pagot]. Imagine se ele vira para o Demóstenes e fala: senador eu não estou entendendo, o senhor me chama na sua casa para jantar com empreiteiro, pede para eu ajudar o cara numa obra e agora vem me criticar?”, afirmou. “Esse era o medo que eles tinham, por isso o estavam monitorando”.
