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Pagot ainda não foi convocado para depor: “só recebo pressões”

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O mato-grossense Luiz Pagot, ex-diretor geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura, disse, agora há pouco, ao Só Notícias, que ainda não foi convocado oficialmente pela CPMI do Cachoeira, que investiga os atos ilícitos entre o contraventor Carlinhos Cachoeira, a empreiteira Delta e obras federais em diversos Estados. Pagot teve convocação aprovada, semana passada, pela comissão formada por senadores e deputados. Mas disse que ainda não recebeu convocação. “Só sei o que tá na imprensa. Por enquanto, estou focado na minha atividade empresaria, mas pronto para responder os questionamentos dos parlamentares assim que convocado”, expôs.

Pagot confirmou que tem recebido “diversas pressões. Todo dia vem algum emissário falar alguma coisa no meu ouvido. Vem pressão de todo que é lado”, revelou Pagot, sem citar nomes e detalhes dos “pedidos”. Seu depoimento é “temido” pelo governo e também pela oposição. Em entrevistas há algumas semanas, ele apontou que empreiteiras abasteceram caixas de campanha presidencial do governo e apontou que haveria esquemas de contratos de obras para destinar recursos para campanhas de candidatos da oposição. 

Mas o “alvo” principal de Pagot deve ser Cachoeira. Em gravações de conversas telefônicas, feitas pela Polícia Federal, o contraventor “comemorou” a demissão de Luiz Pagot da direção do DNIT e revelou ter plantado informações para desgastá-lo e causar sua saída. Em outros diálogos gravados com representantes da Delta, havia articulações para não serem atendidas exigências legais em obras que a empreiteira fez e que fossem aceitas -e pagas- pelo governo. Pagot aponta que uma das obras fora das especificações que havia lobby para ficar fora dos padrões foi trecho do asfaltamento da Serra de São Vicente, próximo a Cuiabá.

Hoje, a CPMI ouviu o depoimento do prefeito de Palmas (Tocantins). Não foi apresentado cronograma apontando quando Pagot deve depor.

 

 

 

 

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