O diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes, Luiz Antônio Pagot, que entrou em férias após denúncias de envolvimento de irregularidades em licitações direcionadas para empreiteiras, depõe há mais de 3 horas na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, e há instantes, aceitou quebrar seu sigilio fiscal para comprar que é inocente das acusações que foram feitas em reportagem da Veja. Ele aceitou assinar documento, proposto pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) autorizando também abertura dos sigilos fiscal, telefônico e de correio eletrônico. “Vou assinar esse documento, viu deputado. A única coisa é que vou deixar na mão da comissão. A minha sistemática é de muita responsabilidade. Eu sou duro na queda, duro de convencer”, disse Pagot, ao responder o parlamentar do bloco de oposição.
Ainda no depoimento, na condição de convidado, Pagot admitiu que ficou “constrangido’’ com as denúncias e reiterou que não tem envolvimento com nenhuma irregularidade apontada. Sobre o fato de ter entrado em férias após as denúncias e da nota do Ministério dos Transportes que ele o presidente da Valec, Jucas Neves (Juquinha), Mauro Barbosa e outro assessor do ministério que foram afastados, ele consideroi que, “se o governo quisesse, deveria tê-lo demitido. Não fiquei nada satisfeito com a situação, não me coloquei contra o governo. Eu não posso ser afastado, ou é demitido ou tira férias”. Ele acrescentou que o governo poderia, se quisesse, fazer “a minha demissão”.
As explicações de Pagot duraram mais de 6h e terminaram no final da tarde.
(Atualizada às 17:47h)
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