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Otaviano Pivetta diz que está construindo candidatura a senador e voltará a falar com Mauro

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Mayke Toscano/assessoria/arquivo)

O vice-governador e ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT), confirmou que vai tentar disputar a eleição suplementar ao Senado. “Eu realmente tenho esta intenção. Estou determinado a construir minha candidatura. Obviamente, estou aguardando a data da eleição e definições que ainda não existem para depois me pronunciar sobre minha real posição”, disse a uma emissora da capital. Pivetta ainda detalhou que conversou com cerca de 50 lideranças para definir nomes de possíveis suplentes. “Conversei com pessoas que tenho mais proximidade. Inclusive com o Cidinho Santos (ex-senador) e o Adilton Sachetti (ex-deputado federal). Não tem nada decidido. Não avançamos em nenhuma hipótese. As coisas ainda estão muito incipientes. É verdade que há muitas manifestações de candidaturas, o que é legítimo. Isso tudo começará a vir para a mesa daqui para frente, acredito”.

Otaviano adiantou que, caso seja candidato, pode compor chapa com algum nome da baixada cuiabana. “É importante. Hoje resido em Cuiabá, trabalho em função pública estadual e a importância de Cuiabá, Várzea Grande, é inexorável. Cerca de 40% dos votos de Mato Grosso estão aqui. Não só por isso, mas pela relevância que tem este aglomerado urbano e os problemas nele presentes”.

O vice-governador preferiu não comentar a decisão de Mauro Mendes (DEM) de entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que Carlos Fávaro (terceiro colocado na eleição do ano passado) assuma, imediatamente, a vaga da senadora cassada, Selma Arruda (Podemos). Destacou, por outro lado, que já comunicou a intenção de disputar a vaga, ainda em 2019.

“Eu não vou comentar isso porque é uma decisão do Mauro, meu companheiro e governador. Minha intenção foi registrada logo na sequência da notícia que tivemos de que haveria nova eleição.  Já comuniquei antes do Natal e ele ouviu respeitosamente. Não falamos mais nada. Vou falar com ele esta semana sobre assuntos do governo e também sobre isso”.

Esta semana, conforme Só Notícias já informou, Mauro Mendes disse abertamente que prefere manter seu vice no governo do que “perdê-lo” para o Senado. A declaração foi em tom elogioso, mas também estratégico para não comprometer o arco de aliança que sustenta o seu governo e que está cheio de partidos com intenção de concorrer à vaga aberta com a cassação de Selma. Pivetta se antecipou e se lançou como pré-candidato, em dezembro. Pela posição dentro do governo, ele quase que cria uma obrigação de apoio por parte de Mendes, que se equilibra entre aliados como Carlos Fávaro (PSD) e até com nomes dentro do Democratas.

“O Pivetta já conversou comigo e eu sempre fui e sou uma pessoa que respeita a vontade das pessoas. Se for um desejo dele concorrer ao Senado, eu saberei respeitar esse desejo. O meu desejo é que ele continue [como vice-governador]. Ele é um grande companheiro, é um grande político, uma pessoa honesta, dedicada e que tem contribuído muito com o governo, mas se for um desejo dele eu saberei respeitar isso. Por enquanto nós temos que aguardar o andar da carruagem para poder tomar definições”, declarou Mauro.

 

A cautela nas declarações em relação à eleição suplementar é costumeira em Mauro e tem dito, reiteradamente, que só se posicionará quando os processos eleitorais estiverem definidos e dentro dos prazos estabelecidos pelo Tribunal Regional Eleitoral que se reúne no próximo dia 22 para marcar a data da eleição. Com isso, ele diz que pretende não interferir no processo usando seu prestígio como governador e que se mantém focado na administração de Mato Grosso. “Eu tenho muitas ações reais e concretas no dia-a-dia e não preciso perder o meu tempo fazendo ainda especulação política”.

Dentre as especulações citadas por Mendes, está o nome de Carlos Fávaro, ex-vice-governador de Mato Grosso que concorreu ao Senado por sua chapa, ficando em terceiro lugar e que motivou o processo que terminou com a cassação de Selma Arruda. Atualmente ele é chefe do Escritório de Representação em Brasília e sonha com um novo apoio do governador.

Foi Fávaro que conseguiu uma declaração de Mauro Mendes que parece mais próxima de um apoio. Em dezembro, o governador disse que gostaria de manter a “coerência” em relação às eleições de 2018 e, no finzinho do ano, o governo entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para que Fávaro assuma o cargo durante a vacância.

Outro problema para Mauro Mendes é seu próprio partido. No Democratas, o ex-governador Júlio Campos trabalha para ter sua candidatura aprovada e Dilmar Dal Bosco também é mencionado. O MDB, que estava quieto, também começa a se articular e busca um nome da baixada cuiabana para apresentar. O PSDB cogita lançar Nilson Leitão que foi candidato no pleito passado e ficou em 5º.

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