Os oposicionistas da Assembleia Legislativa se uniram e criaram o bloco independente e já começaram a debater propositura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o atual modelo da saúde pública, as Organizações Sociais de Saúde (OSS). A tentativa do deputado estadual Walter Rabelo (PSD), em criar um bloco independente foi minada após união dos oposicionistas, em que irão compor os seguintes parlamentares: Ezequiel Fonseca e Antônio Azambuja, ambos do PP, deputada Luciane Bezerra (PSB), Zeca Viana (PDT), Dilmar Dal Bosco (DEM), Guilherme Maluf (PSDB) e Ademir Brunetto (PT).
A proposta de Rabelo era criar um bloco independente com os integrantes do PP, bem como Maluf, os demais deputados do PSD e deputado Luiz Marinho (PTB), que conforme Rabelo, ainda permanece na criação do bloco. No entanto, com a união dos oposicionistas, o bloco de Rabelo está esvaziado, apesar de que o deputado garante que irá trabalhar para agregar também o PR.
Ainda assim, o deputado garante que irá manter a sua propositura de criar um bloco independente, que abra mais diálogo sobre as matérias de interesse do governo. “Podemos trazer o PR, que não se opôs a criação do bloco independente e irei articular para manter a propositura do PSD. Se o outro bloco, tiver um número maior de deputados, eu não posso fazer nada, pois, virou um processo democrático. Mas, a minha proposta já está viabilizada, e só estou esperando para anunciar na próxima semana, o nome dos integrantes”, garantiu Rabello.
Com ampla base governista na Assembleia Legislativa, o governo do Estado garantiu votação de diversas matérias polêmicas como empréstimos e reestruturação da dívida.
A proposta dos blocos, mesmo os do oposicionistas, não é de fazer oposição vazia, conforme revelou o deputado Ezequiel Fonseca, que adiantou os nomes dos integrantes do bloco. “Já temos sete membros garantidos que não querem fazer oposição vazia, e sim, maior liberdade para diálogo. Já começamos a debater questão de CPI, que é uma forma de esclarecer dúvidas, principalmente sobre a saúde pública. Como acabar com o atual modelo de gestão pública da saúde, as Organizações Sociais de Saúde (OSS), sem ter noção do que acontece?”, disse.
Os oposicionistas avalizam a possibilidade de criar a CPI das OSSs.
Apesar de negarem “oposição vazia”, a maioria dos integrantes do bloco independente, atua na oposição ao governo Silval Barbosa (PMDB), tendo em vista que o PP rompeu recentemente com o governo, após não ser atendido ao pleitear substituição do atual secretário de Saúde, Mauri Rodrigues, indicado pela própria sigla.
Sobre a criação destes blocos na AL, governador considerou o período eleitoral para aumento das divergências com o Estado.