Quatro pessoas presas nos municípios de Juara, Nova Tabaporã e Nova Maringá, durante a Operação Guilhotina, desencadeada nesta terça-feira (03) pela Polícia Judiciária Civil estão sendo encaminhadas hoje (04) para Cuiabá, onde serão ouvidas.
Operação, integrada entre a as Polícias Judiciária Civil e Militar, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Ministério Publico e Judiciário prendeu um total de 32 pessoas. Setenta e cinco (75) mandados de prisão temporários foram expedidos pela Justiça. Os mandados estão sendo cumpridos em 17 municípios de Mato Grosso e na cidade de Ourinhos (SP).
Deflagrada pela Polícia Civil/Delegacia Especializada do Meio Ambiente a Operação visa combater a extração ilegal de madeira no Estado. O esquema ilegal foi detectado pela SEMA, a partir de fiscalizações internas. As investigação começaram a ser realizadas a cerca de três meses e descobriu os primeiros indícios de irregularidades no cadastro de consumidores de produtos florestais da Sema. Mais de 100 madeireiras podem estar envolvidas com o esquema ilegal.
Segundo o delegado Wilton Massao Ohara, coordenador da operação em Cuiabá, a operação continuará até que a polícia cumpra todos os mandados de prisão expedidos pela justiça.
Os acusados atuvam principalmente na região norte do Estado envolvendo proprietários rurais, donos das áreas apresentadas nos projetos; engenheiros florestais, que montavam os planos de exploração e manejo com a participação de servidores públicos, responsáveis por aprovar projetos irregulares e madeireiros, que esquentavam a madeira de origem ilícita.
Segundo as investigações da polícia, a organização criminosa teria movimentado mais de 80 mil metros cúbicos de madeira, o equivalente a R$ 58 milhões, em cerca de um ano.
Em Sinop, segunda base montada pela Polícia Judiciária Civil, o delegado Gianmarco Capolla Capone, delegado titular da Delegacia Especializada de Meio Ambiente, continua a ouvir os envolvidos.