Pelo menos 35% dos deputados estaduais não disputarão a reeleição este ano. Os motivos são os mais diversos: saúde, acomodação familiar, novos projetos, fim da carreira política, sacrifício partidário, entre outros. Com isso, a renovação na Assembleia Legislativa deve ser a maior das últimas duas décadas. Contudo, de acordo com os nomes lançados durante as convenções, as caras poderão ser novas, mas os laços de família nem tanto.
Os deputados José Riva (PSD), Hermínio Barreto (PR), Luciane Bezerra (PSB), Luiz Marinho (PTB), Teté Bezerra (PMDB), João Malheiros (PR), Alexandre Cesar (PT) e Ezequiel Fonseca (PP) não tentarão um novo mandato. Riva disputará o governo do Estado, porém, trabalha para deixar o “espólio político” para a filha, Janaína Riva.
Também pretende herdar os votos do deputado Luiz Marinho (foto) o seu irmão, empresário Eduardo Botelho. O petebista deixa a carreira política ao final deste mandato. Outros parlamentares, que não deixaram a “herança” para os parentes, articulam com correligionários a transferência de votos junto as bases.
Alexandre Cesar, apesar do êxito e o reconhecimento como uma das lideranças do PT, nunca conseguiu se eleger diretamente para um mandato eletivo. Ele, assim como outros, se tornou titular pela renúncia de deputados que foram eleitos prefeitos em 2012. Nas duas últimas eleições, Alexandre só alcançou a suplência. O parlamentar afirma que retoma a carreira de procurador do Estado, cargo do qual está afastado para exercer a função legislativa.
Luiz Marinho deixa a carreira política também por motivos de saúde. Ele foi quatro vezes vereador por Cuiabá e em 2010 se elegeu deputado. Então preparado para disputar o quinto mandato, Barreto resolveu concorrer à Câmara Federal devido as chances de se eleger com a saída da disputa do deputado federal Wellington Fagundes, do mesmo partido, que este ano concorre ao Senado. Ambos têm base eleitoral em Rondonópolis e em municípios da região Sul.
Ezequiel Fonseca, no primeiro mandato de deputado estadual, e com a experiência de ter sido prefeito de Reserva do Cabaçal por dois mandatos, sonha com a Câmara Federal. Ele vê a possibilidade da eleição, principalmente, com a saída do seu correligionário do páreo, ex-deputado Pedro Henry, também do PP, preso no escândalo do Mensalão.
Nilson Santos, Walace Guimarães e Percival Muniz foram alguns dos eleitos em 2010 e dois anos depois renunciaram ao mandato para assumir as prefeituras de Colíder, Várzea Grande e Rondonópolis, respectivamente. Além deles, também renunciou ao cargo o ex-deputado Sérgio Ricardo para ocupar a função de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Desta forma, se tornaram titulares, Alexandre Cesar (PT), Emanuel Pinheiro (PR), Ondanir Bortolini (PR) e Pedro Satélite (PSD).