PUBLICIDADE

OAB vai levar discussão sobre desarmamento para 28 cidades

PUBLICIDADE

A Seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil fechou entendimentos com a Assembléia Legislativa para levar a discussão sobre o tema “desarmamento” para 28 cidades do Estado. O acordo foi fechado nesta sexta-feira entre o presidente da OAB, Francisco Faiad, e o presidente da Comissão de Segurança Pública do Poder Legislativo, deputado Humberto Bosaipo (PFL). Os dois participaram, na sede da OAB em Cuiabá, da audiência pública convocada para debater o assunto, que será alvo de referendo em outubro próximo. “É um tema muito importante e a OAB vai estar dando sua parcela de contribuição” – disse Francisco Faiad.

Até terça-feira será definido o calendário das audiências públicas nas cidades que sediarão os debates sobre o desarmamento. Faiad explicou que o objetivo é de levar a discussão para o máximo possível de municípios. “Como formadores de opinião, membros ativos da sociedade, os advogados devem participar ativamente desse debate, emitindo suas opiniões e ajudando a sociedade a tomar sua decisão no referendo” – disse o presidente da OAB, convocando a classe a se fazer presente em todas as audiências públicas.

Sobre esse tema, a Ordem dos Advogados do Brasil tem firmado posição no sentido de que o debate seja aprofundado cada vez mais dentro da sociedade. “Esse tema não pode ser discutido com um sim ou não, diante da pressão do marketing e de informações de propaganda” – destacou Faiad. “O cidadão precisa, acima de tudo, estar consciente do que estará fazendo ao votar no referendo. E isso que a OAB deseja: conscientizar”.

De formação essencialmente humanista, Faiad disse que, particularmente, é defensor da tese do desarmamento por achar que a arma é uma indutora da violência em qualquer país do mundo. “Quem está com uma arma não, acha que pode levar vantagem sobre as demais pessoas” – comentou, ao ressaltar a importância de a sociedade continuar a pressionar o Estado de uma maneira geral para ampliar seus investimentos no combate a violência, através do aparelhamento dos sistemas de segurança. “Mas essa é uma opinião pessoal, minha e não traduz o pensamento da OAB” – frisou.

Com apenas 2,8% da população mundial, o Brasil responde por cerca de 7% dos homicídios por arma de fogo no mundo, superando países tradicionalmente violentos como Colômbia, El Salvador e África do Sul, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Em 2002, 38.088 foram vitimas de armas, seja por homicídio, suicídio ou condições acidentais. Entre os homicídios, 83,39% são cometidos por armas de fogo, o que coloca o Brasil em 1º lugar entre os 69 países pesquisados, desenvolvidos ou não.

 

A questão do desarmamento divide opiniões. Os defensores da tese  apontam dados alarmantes da violência. Entre eles, o assassinato de um brasileiro a cada treze minutos. Um cidadão armado, segundo estudos apresentados pelos defensores do desarmamento, tem 57% mais chance de ser assassinado do que os que andam desarmados e que a cada 7 horas uma pessoa é vítima de acidentes com arma de fogo no Brasil. Mas, por outro lado, existe um segmento contra o desarmamento, que também aponta suas justificativas, refletidas no manifesto do MV – Brasil, de maio de 2005. O manifesto ressalta que segundo estudos do criminologista Gary Kleck, as armas de fogo, em ! poder do cidadão de bem, evitam quatro vezes mais violência do que causam.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

TRE valida plebiscito que autorizou criação de novo município no Nortão

O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso...

Empossados prefeito, vice e vereadores em Sorriso

A câmara municipal realizou esta noite a sessão solene...
PUBLICIDADE