O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que o novo valor do salário mínimo será decidido na próxima terça-feira durante uma reunião com ministros e sindicalistas no Palácio do Planalto.
“Nós certamente faremos um acordo com o movimento sindical. É um acordo inédito porque o movimento sindical organizado nunca discutiu com nenhum governo o salário mínimo”, disse.
Desde que as centrais lançaram a campanha para o reajuste do salário mínimo, no entanto, o governo ainda não fez concessões em relação a sua proposta inicial de reajustar o mínimo em R$ 350 a partir de 1º de maio e corrigir a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física em 7%.
Já as centrais sindicais, que inicialmente reivindicavam um mínimo de R$ 400 e a correção da tabela em 13%, reduziram primeiramente a proposta para R$ 350 a partir de março e 10%.
Na quinta-feira, as centrais recuaram de novamente e aceitaram R$ 350 em abril e 8% de correção para o IR.
Pelas contas do governo, o aumento de R$ 350 terá um custo adicional estimado em cerca de R$ 4,6 bilhões aos cofres este ano.
Tanto a CUT quanto a Força Sindical afirmaram que não fecharão acordo se não houver concessão do governo em pelo menos um desses pontos.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, chegou a afirmar que lutaria para derrubar o valor do mínimo no Congresso se Lula anunciasse o reajuste sem a concordância das centrais.
Na terça-feira, os valores deverão ser fechados durante reunião de Lula, ministros e sindicalistas.