“Evidentemente o estilo de conduzir a Casa deve mudar, mas o Guilherme (Maluf) vai continuar como primeiro-secretário, então as mudanças não serão tão grandes”, afirmou o deputado estadual Eduardo Botelho (PSB), que assume a presidência da mesa diretora da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (1º de fevereiro). O pessebista ocupará o lugar do deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) que na eleição da nova gestão ficou como primeiro-secretário.
Botelho explica que deve manter a gestão como já vinha sendo feita. De acordo com ele, Maluf fez um bom trabalho durante os últimos dois anos e ele dará continuidade ao projeto de gestão. “A comunicação deve ficar com o Raoni Ricci mesmo, os outros secretários ainda estamos discutindo. Para a montagem do quadro tem que haver um entendimento entre o presidente e o primeiro-secretário, uma vez que todo o processo é feito em conjunto. Mas não vai ter muitas mudanças neste sentido”.
Sobre o diálogo com o governo do Estado, o próximo presidente afirmou que já tem conversado com o líder do governo, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM) e com o governador para que as discussões dos projetos de autoria do Executivo sejam amplas com todos os parlamentares. A Casa deve receber, no próximo mês, a Reforma Tributária, Reforma Administrativa e o projeto sobre limite dos gastos públicos.
“Não vamos fazer nada com rapidez, vamos criar um organograma dos projetos que devem chegar, sentar todos os deputados e criar um cronograma de cada projeto e dar um prazo. Lei Complementar nós temos um prazo regimental de 60 dias para aprovar, então dentro desse prazo, se conseguirmos aprovar antes tudo bem, se não, nós temos tempo, não tem correria. A Reforma Tributária nós temos um compromisso de até julho estarmos com ela fechada para a aprovação. A Reforma Administrativa não sei ainda quando chega. Nada de atropelamento, nada vai ser feito a toque de caixa, queremos que todos os deputados ajudem nas discussões”.
Um dos grandes feitos da última gestão foi a economicidade. Com os cortes a Casa de Leis conseguiu devolver ao Estado cerca de R$ 20 milhões que foram investidos em ambulâncias aos 141 municípios de Mato Grosso. De acordo com Botelho, a pretensão é que muito mais seja devolvido e investido com recursos da Assembleia. O presidente descartou corte de pessoal.
“Vai ser tranquilo com o orçamento que nós temos. Claro que vamos tentar fazer uma redução de gastos para que possamos continuar economizando. Na área de pessoal não vamos fazer muitas mudanças nem cortes, mas vamos fazer a economia em cima de custos, tentar ver o que nós podemos gastar menos e ver o que pode reduzir de gastos. Devolvemos muito pouco em dois anos. Quero continuar com essa política de devolução. E se fizermos uma economia maior, devolveremos mais para o Executivo, para ajudar a população”.