O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, garantiu que a conclusão da BR-163 ( da divisa de Mato Grosso até Santarém-Pará) é uma das prioridades do Governo Federal e tranquilizou quanto à disponibilidade de recursos para este ano, em reunião, nesta quarta, em Brasília, com o senador Blairo Maggi (PSD), diretores de multinacionais armazenadoras de grãos e do agronegócio. “Temos essa obra como prioridade e há previsibilidade de recursos para 2015”, comunicou sobre trechos que precisam de obras.
Da divisa até Santarém, há extensão 1.012 km. Desses, 752 são pavimentados, e 260 aguardam pavimentação. De Mato Grosso à Miritituba, ainda falta o asfaltamento de 136 km, do total de 706. Outro trecho aonde ainda se trafega em estrada de chão fica entre Miritituba e Santarém. Do total de 306 km, 124 km ainda não tem asfalto.
O diretor de Infraestrutura Rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Guilherme Melo, elencou os principais gargalos e além dos trechos não pavimentados, reforçou a necessidade mais sete pontes. Duas delas na BR-230, no Pará.
A deficitária infraestrutura onera o custo da produção. Um exemplo é o preço do frete, que sofre aumentos constantes. Para manter competitivo, o produtor precisa contar com subsídios do Governo. Esse gasto chega a cifra R$ 400 a R$ 600 milhões anuais ao Estado, de acordo com o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Ricardo Tomczyk.
“Tenho acompanhado essa questão desde que fui para Mato Grosso, e essa estrada é um desejo e uma necessidade muito antiga. Depois de muito esforço, conseguimos as licenças, e pudemos colocar as obras para andar. As empresas aqui presentes têm capacidade para transportar 4 milhões de toneladas, mas a estrada não está pronta. Isso tem tirado a competitividade dos agricultores e colocado as empresas em situações de assumirem riscos que não são delas. E tudo isso tem trazido muita falta de tranquilidade para o setor”, explicou Blairo.