As prefeituras de Mato Grosso e entre elas a de Nova Mutum vão sentir na pele nesta terça-feira, dia 22, as conseqüências da queda na arrecadação de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, no estado. A quota parte dos municípios (25% do total arrecadado) referente ao que foi recolhido na última semana e que está com repasse programado para amanhã, era para ser de R$40 milhões, mas chegou apenas na casa dos R$27 milhões, ou seja, R$13 milhões a menos do que o previsto.
No caso de Nova Mutum a expectativa era de que o repasse fosse na ordem de R$720 mil, mas ele será de aproximadamente R$470 mil, ou seja, R$243 mil a menos. A situação assustou inclusive o secretário municipal de Economia e Planejamento, Aurismar Zonatto, que no mês maio deste ano já fazia um prognóstico negativo. Na época ele destacou que o segundo semestre seria crítico. Ele estima que até o final deste ano o município deixará de arrecadar cerca de R$1,5 milhão do ICMS.
“No primeiro semestre ainda conseguimos contornar algumas situações, pois o município tem arrecadação própria através do IPTU e Alvará, e por algumas negociações que resultaram em incremento de ICMS terem sido realizadas, mas de agora em diante isso termina. Em Nova Mutum teremos dificuldade em manter a folha de pagamento a partir de outubro”, afirmou Zonatto.
A situação negativa está fazendo com que a administração adote algumas medidas de contenção. O prefeito Adriano Xavier Pivetta disse que entre as medidas está o fim das horas extras e qualquer outro tipo de despesas que envolva os recursos humanos, mas não cogitou demissões. “Teremos que repensar também algumas obras que estavam previstas para iniciar até o final deste ano. O que está em andamento, a exemplo da nova escola no Bairro Jardim, não deve parar”, concluiu.