Os reflexos provocados pela crise internacional, originada a partir do ano passado, e também as adversidades econômicas acarretadas por diferentes fatores, têm feito prefeitos da região Norte adotarem um discurso unânime: contigenciar gastos e investir somente no necessário, desta forma mantendo o equilíbrio dos Executivos municipais.
Em Lucas do Rio Verde, segundo o prefeito Marino Franz, o momento é de cautela. “Estamos prevendo dificuldades daqui para frente. Será gastar aquilo que se pode”, declarou, ao Só Notícias. No município, onde o setor agrícola predomina, o prefeito argumenta que somente no primeiro bimestre a perda na arrecadação foi de R$ 1 milhão, frente ao mesmo período de 2008. “Nossa receita diminuiu em relação ao ano passado. Em janeiro e fevereiro perdemos mais de R$1 milhão só no FPM e ICMS. O momento é de muita cautela, pé no chão”, defende o gestor.
A opinião também é compartilhada por Chicão Bedin, prefeito de Sorriso. “Neste primeiro momento os indicativos nos dão conta de que não é possível expandir investimentos. Isto é muito claro não só em nosso município mas em todos os outros da região porque temos conversado e os números são bastante parecidos”, declarou, ao Só Notícias.
No entanto, conforme ressalta o prefeito, mesmo diante do cenário, não se deve falar em paralisações. “Não estamos nem com o pé no freio e nem o acelerador, mas em marcha lenta. O caminho natural é este, pelos próximos três a quatro meses. Claro que a estrutura base do município está funcionando de maneira normal”, ponderou o prefeito que comanda o município campeão brasileiro em produção de soja.
“Estamos implementando ações para melhoria em algumas áreas. Agora, no Transporte, Obras, fazendo o básico e dando sustentação para as secretarias. A manutenção [ocorre] dentro do possível, mas não investimentos [em obras]. Governamos com orçamento do governo anterior”, enfatizou.