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Nortão: comissão começa a ouvir testemunhas sobre denúncia contra prefeita acusada de fraudar licitação

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As primeiras testemunhas começaram a serem ouvidas, esta tarde, pelos vereadores que fazem parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a prefeitura de Juara (294 quilômetros de Sinop), Luciane Bezerra (PSB), acusada, segundo o Ministério Público Estadual, de fraudar licitações. A presidente da CPI, Ulliane Macarena (PMDB) explicou, ao Só Notícias, que serão ouvidos 18 motoristas que trabalhavam na coleta e remoção do lixo na cidade, feita pela prefeitura antes da contração de uma empresa terceirizada

“Vamos ouvir os motoristas como testemunhas, apenas para relatar como era feito o trabalho antes da empresa assumir o serviço.  Hoje ouviremos 9 e na quarta-feira o restante. Durante o processo, outras pessoas também serão ouvidas, mas ainda vamos definir”.

Macarena confirmou que a prefeita também será oficializada para ser ouvida pela comissão. “Nós já tentamos oficializar a prefeita na semana passada, mas ela estava em viagem. Vamos tentar novamente entrar em contato para entregar esse documento". 

A CPI investiga as dispensas de licitações para contratação de empresa para prestação de serviços de coleta resíduos sólidos urbanos e serviços de limpeza urbana em atendimento a secretaria municipal de Serviços Urbanos, de empresa de agência de publicidade para prestação de serviços de produção de imagens em foto, vídeos, textos, áudios e entrevista institucionais e vinculação em mídias como rádios, Tvs, sites, jornais, panfletos e serviços de internet em atendimento ao gabinete.

Duas cartas convites para prestação de serviços de locação de palco, sonorização, iluminação, tendas, locução e animação para realização de evento comemorativo do carnaval do município deste ano, em atendimento à secretaria municipal de Turismo e Lazer. A outra contratou fornecedor do ramo para fornecimento de peças para manutenção da frota de veículos e maquinários da secretaria de Transportes e Divisão de Urbanismo.

Conforme Só Notícias já informou, Luciane Bezerra teve os bens bloqueados pelo Ministério Público Estadual, no valor de R$ 180 mil após ser acusada de fraudar licitações. Além dela, também tiveram indisponibilidade de bens, solidariamente, o chefe de gabinete da prefeitura, Antônio Batista da Mota, uma empresa do ramo de publicidade e seu proprietário. A medida cautelar buscou assegurar o ressarcimento de supostos prejuízos sofridos pelo erário.

A criação da CPI só ocorreu após o promotor de justiça, Osvaldo Moleiro Neto, encaminhar à câmara ofício requerendo providências em relação a prefeita. A abertura da CPI para investigar a prefeita foi aprovada no último dia 6 do mês passado. 

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