Na composição partidária das siglas aliadas, Mato Grosso e o setor produtivo devem ser contemplados, tanto que já é dada como certa a indicação de Neri Geller (PMDB) atualmente secretário executivo do Ministério da Agricultura e Pecuária, como novo titular da pasta na sucessão de Antônio Andrade (PMDB-MG). Ele, que é deputado federal, deverá disputar a reeleição ou então ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo ex-ministro Fernando Pimentel, um dos mais próximos da presidente Dilma e que tem a missão de abalar um dos redutos mais fortes do PSDB, terra do também presidenciável, Aécio Neves.
A escolha de Geller passou justamente pela afinidade do PR do senador Blairo Maggi e sua manutenção no arco de alianças, já que chegaram a abrir discussão e tentaram levar Dilma Rousseff e o PT para o palanque de Pedro Taques (PDT) que é governo na esfera federal e oposição em Mato Grosso e o fato do PMDB se manter na estrutura do ministério, já que o futuro ministro deixou no último prazo o PP, outro aliado, e migrou para o PMDB.
A presença de Dilma Rousseff em Lucas do Rio Verde, no último dia 11 para o lançamento da colheita da safra 2013/2014 que será a maior da história do agronegócio, acabou se tornando a sinalização de que a presidente esperava do setor produtivo e de um apoio considerado fundamental, não por causa do volume de votos que representa Mato Grosso, mas sim pela importância de uma vitória no setor mais importante para a economia nacional e para as exportações que entre 2012 e 2013 somaram mais de US$ 100 bilhões.
Nas últimas horas uma crise acabou gerada pela indicação do assessor especial do Ministério da Agricultura, o médico veterinário Enio Marques, para suceder Antônio Andrade que teria sido feita pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) que é presidente da Confederação Nacional da Agricultura e que esteve com Dilma em Mato Grosso.
Enio Marques que era secretário executivo do Ministério da Agricultura, acabou apeado do cargo por pressão do PMDB que não quer ver o mesmo de volta a função, tanto é que aceitou a indicação de Neri Geller que contemplaria não apenas o partido, mas outros aliados como o PR de Blairo Maggi e principalmente o setor produtivo, já que Geller é produtor agrícola em Mato Grosso.