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Navalha: advogado diz que PF deu ‘informações erradas para ministra’

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O advogado Cláudio Alves Pereira, que defende o ex-secretário de Desenvolvimento Urbano Jair Pessine, investigado pela Polícia Federal sob suspeita de ter supostamente intermediado o recebimento de propina para favorecer a empreiteira Gautama, no processo de licitação das obras da rede de esgoto em Sinop, confirmou, agora há pouco, durante entrevista coletiva, que seu cliente manteve encontros com o empresário Zuleido Veras, na capital federal, tratando “de futuros investimentos para Sinop e não devido a qualquer envolvimento com a acusação feita contra ele”.

Conforme Pereira, Pessine, que também é empresário, “estudava a possibilidade de implantar uma empresa de álcool na região. No período, manteve cinco encontros com Zuleido Veras. Tinha a pretensão de construir na região uma indústria de produção de álcool. Quem tem a representatividade para fazer o projeto lamentavelmente é uma empresa que está sendo investigada. Vejam que ninguém esclareceu este ponto. A obra daqui de Sinop quem ganhou a licitação não é só a Gautama, mas um consórcio. Então, pouco se imaginava que a empresa estaria envolvida nesta fraude a nível nacional”, declarou.

Jair Pessine foi seguido pela PF, no dia 21 de março, e filmado em um hotel, em Brasília, onde se encontrou com um diretor da Gautama. Ele é acusado de entrar sem nada nas mãos e sair com uma sacola onde teriam R$ 200 mil e seguido para o aeroporto e embarcado para Cuiabá. No relatório da PF, o agente federal fala que “possivelmente” a sacola que Pessine levava teria sido pega na Gautama. O advogado rebateu: “Naquela vez que ele esteve em Brasília, no dia que foi filmado, a Polícia Federal se tivesse lhe seguido com competência o teria filmado 5 vezes. Todas as vezes que Pessine marcou a reunião com o empresário, ele não chegava em Brasília. Marcou uma, marcou duas…Na terceira vez que ele foi, Pessine acabou saindo porque ele (Zuleido) chegava em instantes. Saiu, foi ao mercado, comprou vinhos e ficou com a sacola. E foi novamente lá, onde esqueceu a sacola lá dentro da empresa. Por isso, eles não filmam quando Pessine chegou. Marcou que se encontraria às 09:05hs e voltou neste horário. Como Zuleido não se encontrava, Jair Pessine pegou a documentação dele e as 3 garrafas de vinho na sacola e saiu em direção ao aeroporto. Foi dito que na sacola havia dinheiro, o que não é verdade”, afirmou.

O advogado também rebateu críticas de alguns políticos. “Pessine tem muito mais credibilidade que aquelas pessoas que ocupam mandato de vereador por muito tempo e nada fizeram pela cidade”. “Lamentavelmente, Sinop foi para o cenário nacional e a imprensa não veio ver se houve alguma movimentação de dinheiro. Não houve vinculação de dinheiro, não foi assinado contrato com banco. Quanto às agressões a Pessine ( feita por alguns políticos), não quero respondê-las porque foram feitas de forma covarde e que criticaram por interesse político”, afirmou.

O advogado criticou a maneira com que Polícia Federal agiu durante a coleta das informações. “A Polícia Federal prestou informações erradas à ministra. Por exemplo, quando se pegava uma fita, eram eles que deduziam da situação que estava sendo feita e não efetivamente aquilo que estava ocorrendo. Esta é uma das razões que a ministra viu como não manter qualquer indivíduo preso”, acrescentou. Na segunda feira (21), Jair prestou depoimento a ministra Eliana Calmon, do STJ, que decretou todas as prisões dos 47 acusados. Ele foi liberado em seguida.

O prefeito Nilson Leitão, investigado por suspeita de direcionamento no processo de licitação das obras da rede de esgoto, também prestou depoimento no mesmo dia a ministra. Confirmou que também manteve contatos com o empresário e foi liberado.
Nilson concede entrevista, nesta quinta-feira de manhã.

Outro lado
A PF considera que as críticas feitas são para tentar desqualificar a operação navalha e que agiu dentro da legalidade.

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