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Nadaf dá novo depoimento à CPI e tira responsabilidade de entidade em decisões de conselho estadual

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e da Sonegação Fiscal interrogou pela segunda vez Pedro Nadaf, que no primeiro depoimento respondeu como ex-secretário estadual de Indústria e Comércio e, hoje, como presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomercio). Nadaf tentou retirar a responsabilidade da Fecomércio nas decisões do Conselho Estadual de Desenvolvimento de Mato Grosso (Cedem) e disse ainda que apesar de ter sido presidente, nunca participou das reuniões do Cedem, deliberando a responsabilidade para outro membro.

Para o presidente da CPI, o deputado Zé Carlos do Pátio (SD), independente da não participação de Nadaf no Cedem, ele era o responsável pela federação e não tem como se isentar das responsabilidades. “Nadaf tirou a responsabilidade da Fecomércio no Cedem, que na verdade teve corresponsabilidade. Ele disse também que não participou, mas indicou o nome, e nós vimos várias decisões equivocadas. Essas instituições representam o setor empresarial e davam incentivos de forma equivocada, ao mesmo tempo em que posam de organizadas, tudo pelo desenvolvimento pelo Estado”.

Já o deputado Gilmar Fabris questionou Nadaf se ele tinha conhecimento de como era realizada as votações no Cedem, e se acontecia mesmo quando não havia a presença da Fecomércio. Nadaf também respondeu a Fabris sobre a aprovação das empresas para enquadramento no Prodeic. Além disso, o parlamentar reafirmou a importância de se buscar parcerias para a elaboração de um novo modelo de incentivos fiscais em Mato Grosso.

Nadaf explicou que mesmo apresentando falhas, os incentivos promoveram desenvolvimento em Mato Grosso. “Se o estado ainda tem pobreza, já avançou porque saiu da extrema pobreza. O sistema pode ter falhas, mas todas as intenções foram de boa fé”, afirmou, ao se colocar à disposição para novas oitivas. Disse ainda que trouxe à CPI o posicionamento do segmento comercial na condição de presidente da Fecomércio, entidade que participa do Cedem. “Toda participação é para contribuir com a melhoria das políticas de incentivos e desenvolvimento. Vejo que a instituição tem a sua responsabilidade, tanto nas ações positivas, quanto nas que podem ser negativas. Faço um balanço positivo da contribuição que a CPI pode trazer para as políticas de incentivos do estado e atrair novas empresas”, disse Nadaf.

Ele também explicou que não isenta a Fecomércio das suas responsabilidades dentro da participação do Cedem. “Aquilo que for concernente à responsabilidade da entidade, ela ou seu conselheiro terá que responder. Toda participação de colegiado existe normas de responsabilidades civis. Não estou isentando responsabilidade nenhuma. Pelo contrário, ela tem que ter ônus e bônus na participação desse conselho”.

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