As denúncias de irregularidades no Ceprotec de Sinop (antigo Centro de Formação Profissional-Cenfor, estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal. Estão implicados nas denúncias o ex-secretário de Estado de Educação, Carlos Carlão do Nascimento e Marlene Silva de Oliveira Santos, que o sucedeu na pasta. Eles são responsabilizados na condição de ordenadores de despesas, juntamente com engenheiros, servidores e empreiteiras
Os atos de improbidade administrativa e uma série de irregularidades envolvem o Cenfor de Sinop. Segundo informa o jornal A Gazeta, o projeto previa seis salas de aulas mas foram construídas apenas 5. Entre os problemas estruturais estão falta de cobertura no corredor central, infiltração e entrada de água nas salas.
Inicialmente, as obras foram executadas pela Sanoestes Engenharia Ltda, que teria recebido R$ 100 mil. Depois, a tarefa de concluir o projeto foi transferida à Ampla Engenharia Ltda, que recebera R$ 800 mil, segundo revelou o engenheiro Antônio das Graças. De uma previsão de R$ 715,3 mil, o projeto acabou custando R$ 940,2 mil.
Técnicos denunciam que o Cenfor de Sinop, como não teve projeto individualizado, acabou sendo viabilizado sobre terreno incompatível e fora da realidade local. Vários pontos confusos da própria arquitetura comprometeram a obra, que foi concluída em setembro de 2002 e, dois anos depois, o prédio já se encontra com a estruturada sucateada.
Há também grande quantidade de itens licitados e contratados que trazem números fictícios. O MPF deve convocar várias pessoas envolvidas no projeto para apurar as irregularidades, já detectadas na sindicância.
