O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação por improbidade administrativa contra o Partido Progressista (PP). O procedimento faz parte da operação “Lava Jato” e a legenda é acusada de atuar em desvios na Petrobras. Além da agremiação, são citados o ex-assessor parlamentar João Claudio Genu e 10 políticos – quatro ex-deputados e seis parlamentares com mandato. Entre estes ex-deputados está o mato-grossense Pedro Henry.
De acordo com informações do G1, o MPF aponta que houve improbidade administrativa na relação do PP com a Petrobras, cita os políticos, afirma que alguns desses políticos recebiam mesadas de até R$ 300 mil e solicita a devolução R$ 2,3 bilhões.
"Esta ação não criminaliza nem obstrui a atividade política, mas sujeita a todos, inclusive os mais poderosos, à lei", afirmou o procurador Deltan Dallagnol durante a entrevista coletiva.
O partido negou a acusação e, por meio de nota, afirmou que as doações recebidas foram legais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. "Reafirma, ainda, que não compactua com condutas ilícitas e confia na Justiça para que os fatos sejam esclarecidos".
Os políticos citados pelo MPF como beneficiários do esquema são: Pedro Corrêa, Pedro Henry, João Pizzolatti e Mário Negromonte (ex-deputados). Nelson Meurer, Mário Negromonte Júnior, Arthur Lira, Otávio Germano, Luiz Fernando Faria, Roberto Britto (atuais deputados), além de João Claudio Genu (ex-assessor parlamentar) e José Janene (deputado federal falecido).