Três ex-deputados federais pelo estado de São Paulo, e outras duas pessoas ligadas a um deles, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Ao todo, 159 pessoas já foram denunciadas pela Procuradoria da República em Mato Grosso. Em outros Estados também estão sendo conduzidas investigações.
Os três ex-parlamentares integravam a ramificação política da organização que atuou com a apropriação de recursos de emendas parlamentares ao Orçamento da União, direcionadas à área de saúde, destinadas para a compra de ambulâncias e equipamentos hospitalares.
A denúncia contra o ex-deputado federal Amauri Robledo Gasques, pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, já foi recebida pela Justiça Federal em Mato Grosso. O interrogatório será feito por meio de carta precatória.
Ainda aguardam a decisão do juiz as denúncias feitas pelo MPF contra os ex-parlamentares Jefferson Alves de Campos (formação de quadrilha, corrupção passiva e fraude em licitação) e João Batista Ramos da Silva (formação de quadrilha, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação).
Duas pessoas ligadas a João Batista Ramos também foram denunciadas no mesmo processo. Patrícia Siqueira de Andrade (formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro) é esposa do ex-assessor de João Batista Ramos, Marcelo Antônio de Andrade. Ele foi denunciado em junho de 2006, na mesma época em que os proprietários da empresa Planan, Luiz Antônio Vedoin e Darci Vedoin, foram denunciados.
Jocelina Matoso Balbino, que trabalhava como contadora voluntária da Associação Beneficente Cristã, em São Paulo, foi denunciada por formação de quadrilha e fraude em licitação.