O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado, disse que o Ministério Público Estadual (MPE) não tem condições de reduzir o duodécimo e que não irá pagar a conta de uma gestão passada inconsequente. A declaração foi dada, ontem à tarde, durante o evento “Regras para as eleições 2016”, em um hotel da capital.
O procurador explicou que ainda não foi notificado oficialmente sobre o assunto pelo Poder Executivo. “Eu não tenho ainda uma informação oficial do governo do Estado. Nós teríamos uma reunião nesta quarta-feira (4) mais isso não foi possível – por conta da agenda do governador. Então irei ouvir a proposta, os secretários já me adiantaram sobre a crise no país, mas não foram categóricos em diminuir o duodécimo”.
Apesar disso, Prado adiantou que o MPE está trabalhando no seu limite orçamentário e que não poderá fazer mais cortes. “O MPE está no limite e a instituição tem apenas 2% de duodécimo, então não vejo como enxugar ainda mais. Diante de um estado que quer crescer, em um estado que quer promotores em municípios distantes – isso é uma medida que inviabilizará a instituição de fazer investimentos nessas áreas”.
O procurador-geral argumentou que irá analisar a proposta que o governo apresentará ao MPE. “Primeiro vou ver um posicionamento oficial. Todos estamos enxugando, todos estão em crise. Suspendemos várias obras, onde o MPE iria atender a população com mais acessibilidade. Nós adotamos uma política que analisou a realidade brasileira, então desde o ano passado estamos tomando cautela. O que não pode acontecer é que o Ministério Público pague a conta de um gestor passado inconsequente. Não podemos pagar as irresponsabilidades do passado”.