O Ministério Público Estadual MPE) deflagra, esta semana, a segunda fase da Operação Guilhotina, que investiga irregularidades na liberação de projeto de manejo sustentável pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema). A primeira etapa envolveu seis processos e agora todos estão conclusos, embora haja novos procedimentos abertos nos últimos dias.
De acordo com informações, novas prisões devem ocorrer e, desta vez, poderá haver o indiciamento de políticos e não apenas de madereiros, funcionários públicos e engenheiros florestais. “Pode haver surpresa”, informou uma fonte. A Operação Guilhotina, realizada pelo MPE e a Polícia Civil Judiciária, provocou a abertura da CPI da Sema pela Assembléia Legislativa.
O legislativo estadual ponderou que a demora na liberação dos projetos de manejos sustentáveis não era culpa dos madereiros e que a morosidade era a causa de possíveis casos de corrupção e irregularidade apontada nas investigações do Ministério Público Estadual. Diante disso, a Assembléia Legislativa criou e instalou a CPI da Sema para investigar o setor.
Já no início dos trabalhos, começaram a surgir denúncias de tráfico de influência supostamente praticados por deputados estaduais. Nessa situação, de acordo com informações, estariam envolvidos 11 dos 24 deptuados do Legislativo Estadual. O primeiro a ser acusado foi o deputado Juarez Costa (PMDB), mas inocentado pelo seu denunciante, o fazendeiro João Batista, em depoimento a CPI. A realização da Operação Guilhotina 2 poderá apontar indícios de tráfico de influência de parlamentares. O procurador do Meio Ambiente, Domingos Sávio, mantém no sigilo o que o MPE conseguiu apurar até o momento.