A denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) mostra que Pedro Nadaf arranjou encontro entre o diretor jurídico da City Lar, Florindo José Gonçalves, e João Batista Rosa na tentativa de intimidar e empresário a continuar pagando propina, mesmo depois de encerrada sua gestão como secretário da Casa Civil no governo Silval Barbosa. Os detalhes são baseados na delação de Rosa. Ele afirmou que o objetivo de Nadaf seria ameaçá-lo e mostrar a influência que possuía com os empresários. Rosa disse, em delação premiada, que pagou cerca de R$ 2,6 milhões em propinas para ter incentivos fiscais para sua empresa.
O MP aponta que, em uma das mensagens enviadas por Rosa a Florindo, o empresário avisa que o seu telefone poderia estar grampeado. Por este motivo, ambos teriam se encontrado pessoalmente em uma noite utilizando o código instalação de aparelho de ar condicionado.
A reunião possivelmente foi realizada na sede da empresa que Florindo trabalha com o objetivo de intimidar e garantir o silêncio de João em relação às transações do grupo criminoso para que ele continuasse a pagar a propina para a empresa de Nadaf.
Por este motivo Florindo José Gonçalves prestou depoimento na semana passada na Delegacia Fazendária (Defaz). Os detalhes de seu depoimento não foram divulgados, mas na denúncia do MP estão aneaxadas cópias das conversas telefônicas entre os dois.
Nadaf, o ex-secretário de Fazenda Marcelo Cursi e o ex-governador Silval Barbosa continuam presos em Cuiabá.
Trecho da denúncia do Ministério Público: