Cansados de esperar por uma atitude das autoridades, moradores do Setor Industrial Sul buscaram apoio dos vereadores para resolver o problema do som alto na rua das Samambaias. Com faixas e cartazes, eles pediram providências para acabar com a “bagunça” provocada por uma casa de dança. As reivindicações foram feitas durante a sessão desta segunda-feira (3), na Câmara de Sinop.
Os moradores chegaram a montar uma comissão e a representante Elizabeth Vinche usou a tribuna da sessão para expor o problema. Segundo ela, além da baderna provocada pelos freqüentadores da casa noturna, atos de vandalismo e até assaltos a mão armada estão assustando os moradores. “Temos medo de sair na rua. Tiros são dados e que até podem acertar alguém dormindo dentro de casa. Uma hora ou outra pode acontecer uma tragédia naquela rua. Isso sem falar no vandalismo”, relatou. “A polícia é chamada, mas nunca aparece. Diz que é problema da Prefeitura, pois deu alvará para a casa funcionar”, denunciou. “Estamos pedindo socorro, queremos paz”, enfatizou.
O presidente da Câmara José Pedro Serafini, “Pedrinho”, (sem partido), anunciou a formação de uma comissão composta pelos vereadores Mauro Garcia (PPS), segundo secretário, Jorge Muller (PSDB), líder do Prefeito, e Chicão do Varejão (PFL) para apurar as denúncias. “Todos os estabelecimentos que não atendem os critérios da lei e até carros de som serão verificados pela comissão”, assegurou referindo-se ao trabalho que será desenvolvido.
Mauro Garcia disse na tribuna que a Polícia Militar foi procurada para discutir o assunto. Um problema que, segundo ele já dura tempo. Conforme o parlamentar, de acordo com as justificativas dadas ao vereador, a falta de policias têm prejudicado os trabalhos da PM. “Os moradores nos procuraram para denunciar esse abuso do som, esse vandalismo e a falta de policiamento. Procuramos a polícia para tentar resolver o problema. O comandante de Sinop nos disse que irá resolvê-lo”, adiantou. Segundo o vereador, na quarta-feira (5), será realizada uma reunião com o comandante geral da Regional 3 da Polícia Militar, coronel Jorge Roberto Ferreira da Cruz, para discutir o assunto. De acordo com Mauro, este será um dos trabalhos da comissão.