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Ministro Neri Geller e governadores debatem viabilidade de ferrovia MT, PA e TO

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O projeto da ferrovia que interligará Mato Grosso, Pará, Tocantins e Maranhão será um dos temas abordados durante a 6ª Dinâmica de Empreendedores e Empreendimentos, que acontece de quarta-feira (23) a sábado (26), em Porto Alegre do Norte. Estão confirmadas as presenças do ministro da Agricultura, Neri Geller, e dos governadores de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), e do Tocantins, Sandoval Lôbo (SDD).

O novo traçado ferroviário idealizado pelo deputado estadual José Riva (PSD) em parceria com o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) faz parte das discussões, na sexta-feira (25), às 15h, no fórum político sobre logística. Além da ferrovia, serão debatidos o programa MT Integrado, as rodovias TO-500 e BR-242, e o potencial hidroviário da região.

O evento é promovido pelo Sindicato Rural do município, localizado na região Norte-Araguaia. A audiência acontece no pátio de empresa, às margens da BR-158. Riva adiantou que durante a sua exposição sobre a ferrovia, justificará a importância da implantação, pois com aproximadamente mil quilômetros de traçado ferroviário, será possível chegar até a ferrovia Norte-Sul, utilizando mais ou menos 490 km dela até Açailandia e mais 477 km na ferrovia Carajás (PA) para exportar a produção por um porto de mar, aumentando a capacidade de embarque em navios maiores. O futuro Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) em Itaquí com capacidade estática de 500 mil toneladas.

“O grande entrave de Mato Grosso é sem dúvida, a logística. A melhor proposta de logística para o Brasil é a ferrovia MT-PA-TO. Com essa ferrovia, vamos desafogar os corredores da morte, diminuindo quase 10 mil km de ida e vinda pelo oceano, proporcionando competitividade aos nossos produtos ao garantir o escoamento da produção. Apenas essa região na qual o traçado ferroviário passará, podemos ter um incremento na produção agrícola em mais de 50%”, argumenta.

Recentemente, o projeto passou por alterações para promover a integração nacional, envolvendo as regiões centro-oeste, norte e nordeste do país.

O novo traçado continua partindo do município de Água Boa, segue até Redenção (PA), parte para Colinas do Tocantins (TO) através de um ramal, ainda em projeto, que vai para Açailandia (MA) até chegar ao destino final, o porto de Itaqui em São Luis (MA), já em operação.

O porto de Itaqui em São Luis também está entre os maiores calados do mundo, assim como Espadarte, no nordeste paraense, que era o porto que constava no traçado anterior, juntamente com Barcarena. “A inclusão de outros dois estados é importante, principalmente para mostrar ao governo federal a integração com várias regiões do país, facilitando o ingresso do projeto no Sistema Nacional de Viação”, argumenta Riva.

Além da integração com mais estados e regiões do país, o novo traçado também aumenta a eficiência do modal, pois reduz a distância a ser percorrida. Agora são apenas mil quilômetros, contra 1,8 mil km do projeto original. 

As alterações foram propostas pelo deputado federal Giovanni Queiroz em consonância com a equipe técnica do deputado Riva, que consideram maior viabilidade no projeto que já foi entregue à presidente Dilma Rousseff no mês passado, durante a abertura da colheita da safra 2013/2014, em Lucas do Rio Verde.

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