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Ministro manda quebrar sigilo da empresa de secretário por suspeita de repasses para Silval

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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, determinou a quebra do sigilo bancário da empreiteira que tem o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Carlos Avalone (PSDB) como sócio. A investigação da Polícia Federal aponta que, nos documentos apreendidos na casa de Avalone e na sede da empresa, alguns repasses de dinheiro podem estar ligados as devolução de recursos de obras públicas tocadas pela empresa para que o ex-governador Silval Barbosa pudesse pagar propina a diversos agentes públicos, dentre eles ex-deputados estaduais e alguns atuais que, segundo Silval, recebiam propina para não travar andamento de obras em sua gestão.

“Assim, frente aos lançamentos de transferências online via TED registrados em documento contábil da empresa Três Irmãos Engenharia, que perfazem o montante de R$ 3.087.322,02 milhões com histórico que remete ao recebimento de receita do gabinete do governador sendo estas transações datadas de 22 de dezembro de 2014 – poucos dias antes da saída de Silval Barbosa do Governo do Estado e considerando-se que o próprio Silval Barbosa informou, em Termos de Declarações prestados perante o Ministério Público Federal, que teria se utilizado de cheques emitidos pela empresa Três Irmãos Engenharia para realizar repasses de propina, suspeita-se que tais lançamentos de receita do gabinete do governador possam estar relacionados com esses eventos ora mencionados”, diz trecho do relatório.

A PF ainda alega que encontrou constatações de divergências entre operações financeiras e documentos utilizados para justificá-las. Em sua delação, Silval afirma que Avalone e seus irmãos (sócios) pagaram propina com um cheque sem fundo, e o repasse do dinheiro seria de contratos do programa “MT Integrado”, que assegurava investimentos de aproximadamente R$ 1,5 bilhão para pavimentação. Avalone teria entregado cerca de R$ 2 milhões em cheques ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB), a título de propina do “retorno” dos contratos das obras.

A quebra de digilo foi pedida pela Procuradoria Geral da República (PGR), que investiga a empresa de ter repassado recursos ao ex-governador para obter contratos de obras com o governo.

A informação é do jornal Diário de Cuiabá.

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