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Ministro do STJ também decide soltar ex-secretários Jarbas, Siqueira e Lesco no caso dos grampos

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A decisão do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de soltar o ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques (Casa Civil), também foi tomada em relação aos ex-secretários Airton Benedito de Siqueira Júnior (Justiça e Direitos Humanos), Rogers Elizandro Jarbas (Segurança) e Evandro Alexandre Lesco (Casa Militar) sua esposa, Helen Lesco Cristy, o major Michel Ferronato, o sargento João Ricardo Soler investigados no caso dos grmapos telefônicos clandestinos

O ministro, ao analisar os habeas corpus de todos os presos na Operação Esdras, despachou no inquérito que investiga o governador Pedro Taques e revogou todas as prisões preventivas. O inquérito foi instaurado a pedido do Ministério Público Federal em maio deste ano quando o promotor de Justiça e ex-secretário de Segurança, Mauro Zaque, denunciou a existência de uma central de escutas telefônicas operada por um núcleo de oficiais de alta patente da Política Militar, ligados diretamente ao governador de Mato Grosso. Na época, Paulo Taques, que havia acabado de pedir demissão da função de chefe da Casa Civil. Por isso, no inquérito ainda consta o nome dele como um dos advogados responsáveis pela defesa de alguns dos investigados.

O Superior Tribunal de Justiça enviou ofício para a Justiça Federal de Mato Grosso comunicando sobre o despacho do ministro que coloca os presos em liberdade.

Com isso, apenas 2 policiais investigados no esquema dos grampos continuam presos. São eles o coronel Zaqueu Barbosa, ex-comandante da Polícia Militar e o cabo Gérson Luiz Ferreira Corrêa Júnior, presos desde maio.

Ontem, por volta das 20h, uma oficial de Justiça chegou ao Centro de Custódia da Capital levando os alvarás dos presos que estão na unidade. Ela confirmou que foram expedidos 7 ordens de soltura. Alguns advogados também já estavam na frente do CCC aguardando a saída dos clientes. Um dos que estavam presos no Centro de Custódia é o ex-secretário Paulo Taques.

As prisões tinham sido decretadas pelo desembargador Orlando de Almeida Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e foram cumpridas pela Polícia Civil durante a Operação Esdras, deflagrada em 27 de setembro. Eles são acusados de obstrução de Justiça e foram denunciados sob acusação de planejarem uma farsa para gravar o desembargador Orlando Perri e depois usar alguma fala do magistrado para pedir seu afastamento do caso. No total, foram 7 presos beneficiados por decisões de Mauro Campbell. 

Os detalhes da farsa foram revelados pelo tenente-coronel José Henrique Costa Soares que era escrivão em um inquérito policial militar que investigava o esquema. Ele procurou a polícia e denunciou que foi cooptado pela organização criminosa e vinha sendo alvo de chantagem e ameaças para que aceitasse gravar o desembargador usando uma câmera escondida instalada em sua farda. Para isso, deveria filmar o magistrado quando participasse de alguma reunião com Orlando Perri e os demais envolvidos nas investigações, como por exemplo, os delelgados da Polícia Civil que presidiam um dos inquéritos.

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