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Ministro do STF determina perícia em vídeos entregues por Silval

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, determinou que os pendrives e CDs entregues pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em sua delação premiada sejam periciados pelo Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal, em um prazo de 90 dias.

A determinação atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), a fim de atestar se as gravações audiovisuais entregues como provas, no acordo de colaboração premiada firmado junto à PGR, sofreram algum tipo de adulteração.

Conforme o ministro, o pedido se encontra fundamentado nos indícios de prática criminosa e que inclusive, resultaram na realização da Operação Malebolge, 12ª fase da Operação Ararath, deflagrada pela Polícia Federal no último dia 14.

“A suspeita de irregularidades praticadas no ‘alto escalão do governo do Estado de Mato Grosso’ demanda esclarecimentos quanto a eventual participação de detentor de prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal, no envolvimento, em tese, em organização criminosa”, diz trecho da decisão de Fux.

Também será periciada a filmadora que foi utilizada para gravar os vídeos em que políticos aparecem recebendo um suposto “mensalinho” do ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Corrêa.

O "mensalinho" seria pago durante a legislatura anterior, em troca de apoio político e não fiscalização de irregularidades da gestão Silval Barbosa. Um dos políticos flagrados foi o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), que aparece recebendo maços de dinheiro e colocando no paletó.

Além dele, também aparecem nas imagens a prefeita de Juara, Luciane Bezerra (PSB), o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP) e os ex-deputados Alexandre César (PT) e Hermínio J. Barreto (PR). Aparecem também os atuais deputados Baiano Filho (PSDB), Wagner Ramos (PSD), José Domingos Fraga (PSD) e Gilmar Fabris (PSD).

Ainda na decisão, o ministro determinou que a Polícia Federal realize a oitiva dos colaboradores Silval Barbosa, Sílvio César Corrêa Araújo e o filho de Silval, Rodrigo Barbosa. Também serão ouvidos o  ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf e um empresário.

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