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Ministro diz que não há previsão de liberar repasse de R$ 400 milhões para Mato Grosso

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Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, voltou a reafirmar a posição da presidente Dilma Rousseff (PT) sobre o ajuste orçamentário, confirmando que não existe previsão para o repasse dos R$ 400 milhões devidos ao Estado desde o ano passado oriundos do Fundo de Apoio à Exportação (FEX). Levy foi escalado às pressas pelo Palácio do Planalto para “acalmar” o exaltado ânimo do senador Blairo Maggi (PR), que durante audiência pública com o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, teceu duras críticas ao governo federal face a inércia da União para liberação de recursos aos estados, com reflexos em Mato Grosso.

A dura posição do governo federal foi confirmada pelo senador Wellington Fagundes (PR), um dos integrantes do encontro realizado com Levy, no apartamento de Maggi, em Brasília. A reunião foi iniciada horas depois do término da audiência com o ministro dos Transportes, na quarta-feira, se estendendo até a madrugada da quinta-feira (30). Também participaram senadores como José Medeiros (PPS-MT), José Agripino (DEM-RN), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Ana Amélia (PP-RS), além de outros parlamentares.

O bloco cobrou explicações convincentes de Levy, que de posse de série de relatórios, expôs uma situação de apreensão, beirando a recessão. O ministro manteve a posição adotada pela presidente de aperto de cinto ao máximo, com políticas austeras adotadas pela equipe econômica para minimizar ou conter o aumento da inflação. Por isso, deve ser seguida a estratégia de juros altos nas operações financeiras. Também defendeu esforços no governo, pedindo compreensão das bancadas no Senado, para reduzir as despesas da máquina governamental. Disse ainda que diante do pacote de cortes no orçamento da União, a presidente Dilma Rousseff considera as ações para redução de ministérios. Essa inclusive é uma proposta já apresentada pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em tramitação no Congresso.

Ainda nessa linha, disse que se forem instituídas as normas e o planejamento para contenção da crise na economia, também considera-se um campo mais saudável sobre o “Risco Brasil”, um indicador que serve para determinar o grau de instabilidade econômica de cada país. É utilizado como parâmetro para investidores principalmente em países emergentes. O ministro da Fazenda deixou claro que “todos precisam ajudar o governo para afastar a crise”. Ele reconheceu as dificuldades dos estados e municípios acerca de recursos que dependem dos cofres da União, como para pagamento de contratos com fornecedores, em obras de infraestutura e em relação ao FEX.

Explicou ainda que o governo federal só poderá retomar os compromissos de forma linear se a política econômica avançar. Em outras palavras, não há perspectiva no momento sobre a remessa dos recursos desse fundo, atrasados desde dezembro de 2014, para Mato Grosso. “O governo mostrou o que vem fazendo para reduzir o impacto da crise na economia. Faremos a nossa parte no Congresso para apoiar tudo no sentido da recuperação. E também faremos o que o próprio ministro sugeriu: continuar cobrando a União sobre os recursos que são de direito dos estados”, assinalou Wellington Fagundes.

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